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A capacidade operacional da Polícia Judiciária (PJ) está fortemente comprometida. Segundo uma nota emitida pela Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), «mais de 70% da frota automóvel padece de uma série de problemas graves e estamos em crer que, se a mesma fosse sujeita a uma inspecção técnica rigorosa, garantidamente não passava».
Segundo noticia hoje o jornal Público, a frota da PJ, a quarta instituição do Estado com maior número de veículos, ascendia em 2009 a mais de 1.110 carros. Os problemas agora denunciados afectam todas as directorias e unidades do país e, nalgumas, estão a comprometer diligências, só colmatadas graças ao voluntarismo de alguns inspectores, que recorrem aos próprios veículos. «Pneus carecas e luzes fundidas são o pão-nosso de cada dia, mas o pior são os problemas mecânicos. O Estado, que tem milhares de carros, não serve de exemplo a ninguém», acusa um inspector da Directoria de Lisboa, lembrando que «muitos serviços não se fazem por falta de carros».
Mas este não é o único constrangimento. A falta de pessoal também está a ameaçar a operacionalidade da PJ. Com um quadro para 2.500 efectivos, raramente se consegue ter ao serviço metade do pessoal. Actualmente, estão no activo cerca de 1.300 funcionários de investigação criminal. Actualmente, apenas possui dois efectivos colocados no estrangeiro. A situação, alerta a ASFIC, tende a piorar uma vez que, dentro de dois meses, algumas dezenas de investigadores vão reformar-se.
SOL