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Passos Coelho elogia "sentido construtivo" do discurso de Cavaco

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, elogiou, quarta-feira, o discurso com "sentido construtivo" do Presidente da República, Cavaco Silva, e recusou-se a "fixar uma data para a abertura de uma crise política".

"As palavras do Presidente da República são um contributo muito importante para que o Governo encontre respostas adequadas e para que outros órgãos de soberania, como a Assembleia da República, encontrem respostas adequadas", afirmou Passos Coelho aos jornalistas.

O líder social-democrata falava à saída da recepção que decorre no Palácio de Belém no âmbito da tomada de posse do Presidente da República, Cavaco Silva, no segundo mandato como Chefe de Estado.

"Vi na intervenção do Presidente da República a intervenção de alguém que não quer voltar as costas aos problemas, que os identificou com clareza e que manifestou a sua esperança para a nossa capacidade de, em conjunto, encontrarmos uma saída para os problemas que enfrentamos. Isto só pode ter um sentido construtivo e não qualquer outro", afirmou.

Questionado sobre que posição assumirá caso sejam necessárias medidas de austeridade adicionais, Passos Coelho respondeu: "Não cabe ao presidente do maior partido da oposição estar a fixar uma data para a abertura de uma crise política e eu não farei isso".

Ainda sobre a intervenção de tomada de posse de Cavaco Silva, o presidente do PSD disse ter sido "um discurso ao nível do que se espera de um Presidente da República, de alguém que sabe ler a situação do país, que transmite essa leitura com toda a transparência e com toda a clareza".

"Tenho dito o mesmo, não é possível encontrar boas terapias para as circunstâncias difíceis que enfrentamos se não soubermos exactamente quais são os males que nos afligem. É, portanto, preciso fazer o diagnóstico correto. Depois, é preciso acção política de modo a responder a esses problemas, isso já não compete ao Presidente, compete ao poder executivo, em particular ao Governo", acrescentou.

Para Passos Coelho, "fica bem a um Presidente da República que acabou de sair de uma campanha eleitoral onde sufragou a sua visão não apenas do exercício do poder presidencial mas também da situação do país poder apontar caminhos e foi isso que fez".

O líder social-democrata referiu-se à afirmação de Cavaco de que "há um limite máximo para que as pessoas possam fazer sacrifícios" e sublinhou que "é importante que os órgãos de soberania e o Governo tenham noção desses limites".

"Sempre que é preciso agir sob pressão nós sabemos qual é a resposta, normalmente aumento de impostos e mais sacrifícios para as famílias e as empresas. Mas isso é em situações de absoluta emergência, depois é importante que haja um trabalho de casa que permita ao Estado racionalizar a sua despesa, particularmente no sector empresarial do Estado, e só isso dará sustentabilidade aos sacrifícios que as pessoas estão a fazer", argumentou.

Passos Coelho afirmou ainda que "não foi por falta de apoio que o Governo, que é minoritário, deixou de fazer aquilo que entendeu que era preciso fazer".

"Pelos vistos, isso não tem chegado", disse.

Insistindo que "o PSD tem dado cooperação" às medidas que o Governo tem considerado necessárias, inclusivamente a "medidas difíceis", considerou que têm sobretudo faltado "respostas em tempo" aos problemas económico-financeiro.

Jornal de Notícias
 
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