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O Presidente da República «não foi previamente informado» sobre as novas medidas de austeridade anunciadas hoje pelo Governo, avançou fonte oficial da Presidência da República.
Não foram adiantadas mais informações, tendo sido apenas referido que o chefe de Estado «não foi previamente informado».
O ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou esta manhã novas medidas de austeridade que actualizam o Programa de Estabilidade e Crescimento em 2011, 2012 e 2013.
Segundo a estimativa de Teixeira dos Santos, com as novas medidas adicionais conseguir-se-á cumprir as metas do défice, cortando custos na ordem dos 2,4% do PIB na despesa e 1,3% de aumento da receita.
Ainda durante a manhã, o secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, disse que o líder do partido, Pedro Passos Coelho, «foi informado telefonicamente» pelo primeiro-ministro, José Sócrates, na quinta-feira à noite «que o senhor ministro das Finanças apresentaria hoje estas medidas».
Miguel Relvas escusou-se, contudo, a fazer comentários sobre as medidas adicionais anunciadas, remetendo uma posição do PSD para depois do Conselho Europeu.
Na quarta-feira, no discurso que proferiu na tomada de posse para um segundo mandato em Belém, o Presidente da República disse que «há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos».
Na intervenção, o chefe de Estado defendeu igualmente que «a estabilidade política é uma condição que deve ser aproveitada para a resolução efectiva dos problemas do país» e considerou que «seria desejável que o caminho a seguir fosse consubstanciado num programa estratégico de médio prazo, objecto de um alargado consenso político e social».
Lusa/SOL