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Japão: Polícia do Japão fala em mais de mil mortos e desaparecidos

florindo

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Um sismo de magnitude 8,9 na escala de Richter, devastou o nordeste do Japão. A Polícia japonesa confirmou a existência de mais de mil vítimas, entre mortos confirmados e desaparecidos. O maior sismo no país em 140 anos de registos, originou um tsunami com ondas de dez metros a uma velocidade de 800 quilómetros por hora, que já chegou à costa Oeste dos EUA.

O forte sismo seguido de um tsunami, com ondas de 10 metros, causou, pelo menos, mil mortos e desaparecidos, segundo o último balanço provisório da polícia nipónica.

Há pelo menos 402 mortos confirmados, em várias localidades do Norte e do Leste do Japão. Pelo menos 673 pessoas estão dadas com o desaparecidas, acrescenta a polícia.

Só na praia de Sendai, Nordeste, foram encontrados mais de 200 cadáveres, na sequência do sismo de 8.9 na escala de Richter, que abalou o Japão às 14.46 horas de sexta-feira, 5.46 em Portugal.

O primeiro sismo, seguido de pelo menos quatro réplicas fortes, foi registado às 14.46 horas locais (5.46 horas em Portugal continental), a 179 quilómetros a leste de Sendai, ilha de Honshu, e a 382 quilómetros a nordeste de Tóquio e a 24,4 quilómetros de profundidade, informou o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS).

Mesmo tratando-se de um país habituado aos tremores de terra, a devastação causada por este sismo, o mais potente desde que o Japão começou a guardar registos quase há um século e meio, é chocante. A movimentação das camadas terrestres destruiu estradas, demoliu edifícios e provocou incêndios numa extensa área na costa nordeste.

Na sequência dos sismos foi gerado um tsunami (maremoto) com ondas de 10 metros que atingiram a região da Sendai. Em Fukushima as ondas atingiram sete metros de altura. Edifícios, veículos e até navios de grande porte foram arrastados e destruídos pelas águas. Estas ondas propagam-se pelo Oceano Pacífico ao longo do dia, devendo atingir a América do Sul ao fim de 21 horas.

Pedido de auxilio aos EUA

O Japão pediu oficialmente ajuda às Forças Armadas norte-americanas que estão estacionadas no arquipélago para que ajudem nas operações de socorro aos sinistrados. Os EUA têm no Japão um contingente de 47 mil homens no âmbito de um acordo de segurança entre os dois países.

A Cruz Vermelha alertou para o facto das ondas geradas pelo sismo terem uma altura superior à de grande parte das ilhas do Pacífico, onde foi lançado o alerta de tsunami, tendo inicialmente ficado de fora apenas a costa dos Estados Unidos e do Canadá. No Chile, no outro extremo do oceano, as autoridades lançaram um apelo à calma e admitem que os efeitos se venham a sentir na sua costa ao final da tarde de hoje.

Nas imagens difundidas pela televisão NHK relativamente ao tsunami, com ondas de dez metros de altura, viam-se carros, camiões, residências e outros edifícios a serem arrastados e destruídos na cidade de Onahama, na prefeitura de Fukushima.

População nas ruas de Tóquio

O sismo abanou com violência muitos edifícios de Tóquio, levando os moradores a fugir para as ruas.

O telhado de um edifício desabou no centro da cidade, onde cerca de 600 estudantes participavam numa cerimónia de entrega de diplomas, fazendo numerosos feridos, segundo os bombeiros e os media locais.

A energia eléctrica foi cortada em quatro milhões de lares na capital e arredores. Deflagraram pelo menos 14 incêndios na cidade, um dos quais na refinaria Chiba.

Os transportes também foram afectados - o aeroporto de Narita está encerrado e os passageiros foram evacuados e o aeroporto de Sendai ficou inundado com o tsunami. Dois comboios de passageiros estão desaparecidos na sequência do tsunami e um navio com cem pessoas a bordo foi arrastado pela onda que varreu a costa japonesa.

O governo destacou 900 socorristas para a zona afectada pelo sismo e o primeiro-ministro Naoto Kan dirigiu-se ao país, numa mensagem transmitida pela televisão, para apelar à calma, admitindo a possibilidade de formação de mais tsunamis.

Também em Tóquio, a embaixada de Portugal está a tentar contactar os cerca de 500 portugueses registados no Japão, mas para já não há conhecimento de que tenham sido afectados, segundo disse à Lusa Paulo Chaves, conselheiro da embaixada.

As centrais nucleares nas zonas atingidas foram automaticamente desactivadas. Foram detectados problemas na central de Fukushima o que levou já à evacuação de cerca de seis mil habitantes da zona envolvente das instalações.

As autoridades dizem que não há sinais de fuga radiológica mas face à falha no sistema de regriferação foi decidido evacuar os residentes num perímetro de três quilómetros como precaução.

Também da região de Fukushima a ruptura de uma barragem devido ao sismo arrastou várias casas.

Na cidade de Sendai, há relatos da explosão de um complexo petroquímico e de um incêndio de grandes dimensões que atinge uma grande parte da zona litoral da cidade, que tem 74 mil habitantes.

Jornal de Notícias
 
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