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Viseu: Manifestantes fizeram um cordão humano à volta da Câmara de Viseu

florindo

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Out 11, 2006
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"Precários nos querem, rebeldes nos terão" e "O povo unido jamais será vencido" foram hoje gritados, a uma só voz, pelas centenas de pessoas, de todas as idades, que fizeram um cordão humano à volta da Câmara Municipal de Viseu para assinalar o fim do protesto da "Geração à Rasca".

Se durante a tarde chegou a haver dúvidas quanto à adesão dos jovens ao protesto, com os mais velhos a terem algum protagonismo e visibilidade, o cordão humano desfez todas as dúvidas. "Os mais novos ainda se escondem, ficam atrás, mas isso deve-se a uma certa timidez e falta de experiência. Mas estão aqui muitos e dos bons, sem medo e a lutar pelo seu futuro", atirou Rosa Esteves, uma jovem desempregada.

Paulo Agante, um dos líderes da "Geração à Rasca" de Viseu, reconheceu, no entanto, que "alguma juventude ainda está um bocado apática", justificando tal atitude com o facto de muitos jovens continuarem a ter "um pouco de medo de represálias e de não conseguirem arranjar emprego".

O jovem Paulo Agante, que ficou conhecido por integrar o grupo que, na segunda-feira, interrompeu, em Viseu, o discurso do secretário-geral do Partido Socialista, José Sócrates, lamentou a "expulsão e agressões" de que foram alvo, quando pretendiam apenas "expor os seus problemas", mas asseverou que "isso é já passado".

Ontem, durante duas horas, a chuva e os problemas de som não desmobilizaram os apoiantes da Geração à Rasca de Viseu, com várias pessoas pessoas a subirem o palanque, na Praça da República, para darem os seus testemunhos de vida.

"Sou reformado e estou a ser roubado. Por isso vou a qualquer manifestação para ver se o povo acaba com esta patifaria, Não foi para isto que fizemos o 25 de Abril", gritava João Oliveira Cruz, de 70 anos.

Mais jovem, a frequentar o 1º ano de Engenharia Civil do Politécnico de Viseu, André Carvalho, falou dos sacrifícios que a família está a fazer para o "suportar", mas concluiu que está a ser difícil. "Tenho uma bolsa de estudos mas até essa ainda não me pagaram. O meu curso é difícil. Nem todos conseguem fazê-lo facilmente, como aconteceu com o nosso primeiro-ministro", ironizou.

A Geração à Rasca de Viseu promete não parar pela conquista e trabalho e contra a precariedade laboral.

Jornal de Notícias
 
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