- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,974
- Gostos Recebidos
- 328
O líder do PSD afirmou que o Governo não contará com o voto social-democrata para adoptar as medidas de austeridade anunciadas sexta-feira, acusando José Sócrates de «ocultar a realidade aos portugueses e ao Presidente da República».
Em conferência de imprensa ao final da noite na sede do PSD em Lisboa, Pedro Passos Coelho considerou que o Governo «está a denunciar o acordo que permitiu a viabilização do Orçamento de Estado para 2011» e afirmou que o Executivo não irá contar com o voto social-democrata para aprovar o novo PEC.
Foi um discurso muito crítico em que o líder do PSD acusou o Governo de «ocultar a realidade aos portugueses, aos parceiros sociais, ao Parlamento e ao Presidente da República» e condenou a «política de facto consumado» concretizada no anúncio esta sexta-feira de novas medidas de austeridade, um dia após a defesa pelo primeiro-ministro das linhas de consolidação orçamental.
«Demonstra desleixo, falta de rigor, incompetência e desnorte», declarou, considerando que «por tudo isto é que se instalou uma profunda desconfiança nos mercados».
Mas Passos Coelho parou antes de anunciar uma moção de censura. «Se o PSD estivesse interessado numa crise política, já o teria assumido», disse, sublinhando que irá apenas retirar o apoio do partido à adopção do quarto PEC.
«O errado caminho que o Governo insiste em seguir não contará com o apoio do PSD», reforçou.
SOL