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Líbia: Forças de Kadafi atacam opositores que resistem em Benghazi

florindo

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As forças governamentais da Líbia estão a avançar sobre Benghazi, sede dos opositores do regime, com artilharia pesada e ataques aéreos. Pela primeira vez desde o início do conflito, a al-Qaeda divulgou um vídeo a apelar aos rebeldes para continuarem o combate.

Segundo a agência noticiosa France Presse, cidades controladas pelos rebeldes estão a cair, uma após outra, nas mãos das tropas do coronel Muamar Kadafi, que disse estar determinado a vencer a insurgentes, apesar dos protestos e sanções internacionais.

Depois de Al-Ugalia, na estrada costeira, e da localidade de Al-Bicher, um pouco mais a este, as forças governamentais chegaram a Brega, zona petrolífera estratégica a 240 quilómetros de Benghazi, segunda cidade do país e onde se localiza o Conselho Nacional de Transição, que reúne a oposição.

Dezenas de rebeldes fugiram de Brega em veículos com baterias anti-aéreas em direcção a Ajdabiya, a 80 quilómetros a leste.

Em Benghazi, a euforia das primeiras semanas da revolta deram lugar à inquietação. "Temos medo do que vai acontecer, medo dos bombardeamentos", disse Mohammed Gepsi, um residente reformado.

Com o corte de todas as linhas telefónicas móveis, as esperanças são depositadas no estrangeiro: "Os ocidentais vão salvar-nos. Com a ajuda de Deus e com a imposição de uma proibição de se sobrevoar o país, vamos voltar a ficar em vantagem", comentou Abdul Salam Elamari, um empregado de escritório.

"Nós é que combateremos, mas precisamos de apoio", disse à France Presse Ahmed al-Zoubair el-Senoussi, sobrinho do antigo rei Idris I e que passou 31 anos nas prisões do regime.

A actuação da comunidade internacional parece, no entanto, não estar a ser eficaz. Após reuniões da NATO e da União Europeia que não resultaram em decisões concretas, está previsto para esta segunda-feira um encontro de ministros do G8 em Paris, onde a França tencionava fazer avançar a ideia de uma zona de exclusão aérea.

No sábado, a Liga Árabe considerou que o regime líbio "perdeu a sua legitimidade" e manifestou o seu apoio a esta medida.

A comissão internacional da Cruz Vermelha anunciou hoje ter enviado para Benghazi, a partir da Jordânia, sete camiões com alimentos e medicamentos. Dez outras viaturas devem partir na terça ou na quarta-feira.

A repressão sobre a revolta dos opositores do regime fez já centenas de mortos e motivou a fuga de mais de 250 mil pessoas.

Segundo a organização Human Rights Watch, as forças governamentais estão a reprimir todas as acções de oposição "com brutalidade" na capital, Tripoli, com detenções arbitrárias ou torturas.

Num vídeo divulgado, este domingo, em sites islamitas, a al-Qaeda fez a primeira declaração desde o início dos acontecimentos, a 15 de Fevereiro, apelando aos rebeldes para continuarem o combate "sem hesitação e sem medo para levar Kadafi ao abismo do sofrimento".

Jornal de Notícias
 
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