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O ministro do Interior egípcio, Mansour al-Issawi, dissolveu esta terça-feira a agência de segurança interna do país, acusada de inúmeros crimes de violação dos direitos humanos nas últimas décadas.
Segundo a BBC, o Serviço de Investigação e Segurança do Estado (SISE) foi responsável pela morte de pelo menos 365 pessoas durante os 18 dias de protesto que culminaram na demissão do ex-presidente Hosni Mubarak.
A SISE vai ser substituída pela Força de Segurança Nacional (FSN), que, de acordo com al-Issawi, ficará encarregue de «proteger a frente doméstica e assegurar o combate ao terrorismo» no Egipto.
«A FSN vai servir a nação sem interferir nas vidas dos cidadãos e no seu direito de exercer os seus deveres e direitos políticos», assegurou.
No início do mês milhares de egípcios invadiram várias antigas instalações do SISE, após ter sido divulgado que estavam a ser queimados documentos que comprovavam as acções repressivas da agência.
A agência contava nos seus quadros com mais de 100 mil funcionários, sendo acusada de inúmeros crimes de tortura e detenções sem justificação que contribuíram para a repressão promovida por Mubarak durante 30 anos.
A Irmandade Muçulmana, outrora fortemente reprimida pelo regime de Mubarak, congratulou-se com a decisão ao classificá-la como «um passo na direcção certa».
SOL