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MP não deixou inquirir Portas nem escutar Nobre Guedes no caso Portucale

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Abr 15, 2009
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O inspector da Polícia Judiciária Luís Barbosa afirmou, esta quarta-feira, no julgamento do processo Portucale, que o Ministério Público não permitiu a inquirição do líder do CDS-PP, Paulo Portas, nem quis pôr sobre escuta o ex-ministro do Ambiente Luís Nobre Guedes, do mesmo partido.

"Porque não foi colocado sob escuta Luís Nobre Guedes?", começou por perguntar José António Barreiros, advogado do arguido Abel Pinheiro. "Boa pergunta! Terá de perguntar ao titular do inquérito, [procurador] Dr. Rosário Teixeira, ou ao meu antecessor", respondeu o inspector Luís Barbosa, a quem foi distribuída a investigação apenas em Julho de 2005, sete meses depois do seu início.

Foi no primeiro semestre de 2005 que foi feita a maioria das escutas e das buscas do inquérito criminal, dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), do Ministério Público.

Quanto a Paulo Portas, ex-ministro de Estado e da Defesa, o inspector da PJ recordou que, na fase final da investigação, propôs a sua inquirição e achou "estranho" que o DCIAP tivesse recusado essa diligência.

O Ministério Público é o titular da acção penal, cabendo à PJ obedecer às suas directrizes. Os procuradores do Portucale eram Rosário Teixeira e Auristela Gomes Pereira.

A audição do inspector Luís Barbosa como testemunha do julgamento decorreu durante a manhã e parte da tarde desta quarta-feira.
O julgamento tem 11 arguidos, entre administradores do Grupo Espírito Santo, funcionários do CDS-PP e da Direcção-Geral de Florestas, que estão acusados de tráfico de influências, abuso de poder e falsificação de documentos.

A investigação teve fulcro no despacho de imprescindível utilidade pública que era indispensável para o Grupo Espírito Santo abater mais de 1600 sobreiros e concretizar o empreendimento turístico e imobiliário Portucale, na Herdade da Vargem Fresca, em Benavente.

Nenhum dos três ex-ministros - Nobre Guedes (Ambiente), Costa Neves (PSD) e Telmo Correia (Turismo) - que assinaram o referido despacho, dias depois de o PS vencer as eleições legislativas de 2005, foi acusado de qualquer crime.

Jornal de Notícias
 
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