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O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defende, na proposta que levará ao 24º Congresso do partido, que o próximo Governo deverá procurar renegociar o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).
«Um novo Governo terá de procurar necessariamente renegociar o Pacto de Estabilidade e Crescimento», defendeu Paulo Portas, frisando que a renegociação do PEC junto das instituições europeias é independente da actual conjuntura política.
Em conferência de imprensa para apresentar a proposta, intitulada Mudar de vida e que constitui um «guião» para um programa de Governo do CDS, Portas defendeu que «é preciso compatibilizar a necessidade de Portugal pagar o que deve, a necessidade de sanear as finanças públicas, promover o crescimento económico e tentar evitar exclusão social».
«E isso significa uma visão diferente de um Programa de Estabilidade e Crescimento», disse.
Paulo Portas considerou que a «primeira grande questão» a que o partido deve responder é o que fazer face ao endividamento e a dívida pública.
Uma das primeiras propostas, para além da renegociação do PEC, é «travar ou suspender as parcerias público-privadas mais gravosas para o erário público».
«Deve ser exigido ao actual Governo que não dê nem mais um passo ou decisão no processo do TGV, que terá que ser suspenso» e recalendarizado o projecto do novo aeroporto.
Uma política fiscal «selectiva», uma reforma que torne o IRS «muito mais simples», uma reforma das políticas de concorrência e a promoção da reforma do mapa administrativo do país - sem falar em regionalização - são outras propostas do «guião» para o programa de Governo do CDS-PP.
O 24º Congresso dos democratas-cristãos realiza-se em Viseu, no próximo fim-de-semana.
Lusa/SOL