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Paquistão: Agente da CIA ilibado de duplo homicídio no Paquistão

florindo

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Ray Davis foi ilibado de duas acusações de homicídio por um tribunal paquistanês. A polémica decisão põe fim a um conflito diplomático entre Islamabad e Washington.

Raymond Davis, 36 anos, era acusado de ter morto a tiro dois homens de nacionalidade paquistanesa no centro de Lahore no mês de Janeiro. O norte-americano, funcionário de uma empresa privada ao serviço da CIA, alegou que estava a ser perseguido por homens armados. Os Estados Unidos reivindicaram para Davis o estatuto de imunidade diplomática, pedido que a justiça paquistanesa negou, detendo e levando o suspeito a tribunal.

O caso gerou a revolta da opinião pública paquistanesa e do próprio Governo, um importante mas frágil aliado dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo internacional, que tem sido acusado de 'jogo duplo' perante a rebelião talibã no vizinho Afeganistão. Militares e agentes secretos norte-americanos têm sido responsabilizados por um número indeterminado de mortes em solo paquistanês nos últimos anos.

Esta quarta-feira, um tribunal de Islamabad pronunciou-se pela absolvição do norte-americano depois dos familiares das duas vítimas terem aceite um acordo extra-judicial com os Estados Unidos. Não é conhecido o valor da indemnização. Segundo a lei paquistanesa, os familiares das vítimas de homicídio podem perdoar o acusado.

Davis foi entretanto libertado e conduzido por diplomatas norte-americanos ao aeroporto mais próximo, de onde deverá seguir para os Estados Unidos. A decisão põe termo a mais um conflito diplomático entre os dois aliados, mas é passível de aumentar a insatisfação dos paquistaneses perante as acções de agentes estrangeiros em solo nacional. E não termina a discussão em torno do sucessivo recurso dos serviços secretos norte-americanos a empresas privadas descritas por muitos observadores como exércitos de mercenários.

SOL com agências
 
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