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BBVA Portugal admite novo reforço de capital

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O administrador delegado do banco BBVA Portugal disse hoje que a instituição está disposta a aumentar o capital sempre que necessário, depois do banco ter reforçado capitais em 2010, devido ao aumento de actividades do mercado português.

«Não temos problemas de fazer aumentos de capital em Portugal, com cuidado e a preços adequados» referiu Alberto Charro, à margem da conferência Perú 2011 - Oportunidades de Investimentos e Comércio Externo, que decorreu em Lisboa.

«Faremos aumentos de capital sempre que os rácios legais o exijam», acrescentou, referindo, no entanto, que «o mercado está a cair» e por isso a conjuntura actual reduz a eventual necessidade de tais operações.

«[Por] agora temos folga suficiente para crescimento», disse o responsável pelo BBVA em Portugal.

O crescimento do banco no mercado português, sobretudo no mercado do crédito imobiliário, obrigou o BBVA, a segunda maior instituição financeira espanhola, a injetar 60 milhões de euros no BBVA Portugal, em 2010, para cumprir os rácios de solvabilidade que a lei exige face ao aumento de actividade no ano passado.

Em Dezembro, em entrevista à agência Lusa, Alberto Charro disse que o BBVA tinha, em Portugal, para uma quota de rede entre 1,5 por cento e dois por cento, facturações que rondam os oito por cento do mercado no crédito à habitação. Para 2011, a estratégia de negócio do BBVA Portugal permanece a mesma, disse hoje à Lusa Alberto Charro, e passa pelo crescimento orgânico.

«Temos de aproveitar a crise para captar mais clientes», referiu o responsável, frisando que «no mundo das Pequenas e Médias Empresas o BBVA Portugal tem que continuar a crescer, na banca comercial também», numa expansão que não passa por novas agências, mas por «modelos alternativos de distribuição», como a Internet.

Os lucros mundiais do BBVA - que realizou, na passada semana, em Espanha, a assembleia-geral de acionistas - cresceram 9,4 por cento em 2010, face ao ano anterior, para 4.606 milhões de euros, o que representa um novo máximo histórico para o grupo espanhol.

Lusa / SOL
 
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