• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Cabo Verde processa ex-administradores do Banco Insular

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,985
Gostos Recebidos
346


O Banco de Cabo Verde (BCV) instaurou um processo de contra ordenação aos ex-administradores do Banco Insular (BI) e do Banco Fiduciário Internacional (BFI) por alegada violação das regras financeiras em vigor no arquipélago, noticia hoje a imprensa cabo-verdiana.

Segundo a edição de hoje do semanário cabo-verdiano A Nação, que quebrou o silêncio oficial sobre o assunto que se falava há cerca de três anos, entre os administradores figuram José Luís Fernandes e Sérgio Centeio (ambos do BI), Adalberto Silva (BFI) e José Vaz Mascarenhas (português), «pivot destas e de outras instituições financeiras internacionais», as IFI.

O jornal, lembrando o envolvimento do Banco Português de Negócios (BPN) e a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), assinala que o processo de contra-ordenação instaurado pelo BCV é uma medida administrativa inédita na Justiça cabo-verdiana e que foi apresentado por o caso estar em vias de prescrever.

«Numa altura em que decorre, em Portugal, o julgamento dos principais implicados no caso BPN, aqui, nas ilhas, o BCV decidiu dar mais um passo para a clarificação deste imbróglio que passou por uma alegada lavagem de vários milhões de euros, trocas de favores, fuga ao fisco», lê-se no jornal, que não cita fontes.

O processo tem estado aparentemente parado desde que o BCV ordenou, em 2009, o encerramento do Banco Insular, do BFI e de outras instituições financeiras, entre elas o BPN-IFI, «pondo termo a uma actividade 'off-shore' no arquipélago».

A contraordenação, segundo o A Nação, é um processo administrativo que irá desenvolver-se no sentido de apurar se houve realmente infrações por parte dos pelo menos quatro visados no caso, que tem ramificações a Portugal, Angola e ilhas Caimão.

O Banco Insular foi a primeira IFI a estabelecer-se em Cabo Verde, em 1998. Em 2001 passou a ter o BPN, pertencente à SLN, como proprietário, banco português que viria a ser acusado de ter levado a cabo operações fraudulentas num montante estimado em 700 milhões de euros, 300 deles através do BI.

Em Fevereiro de 2009, via portaria, o Governo cabo-verdiano revogou a autorização e a licença que permitiam ao BI operar em Cabo Verde, baseando-se no facto de a instituição financeira internacional ter ocultado às autoridades bancárias a natureza e o modelo de negócios que vinha adoptando na gestão.

O Banco Insular (IFI) SARL foi criado pela Portaria nº 81/97, de 18 de Dezembro, na modalidade de instituição autónoma, com um capital social inicial de 150 milhões de escudos (cerca de 1,36 milhões de euros), tendo começado a sua actividade no arquipélago no início do segundo semestre de 1998.

Depois, passou a pertencer à Insular Holding, Limited, com sede em Londres, tendo, em 2001, aumentado o seu capital social para 780 milhões de escudos (7,07 milhões de euros), surgindo, depois, como propriedade do BPN.

Lusa / SOL
 
Topo