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Japão: Os 50 heróis de Fukushima

florindo

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Nos filmes japoneses sobre tragédias os heróis são estóicos e sacrificam tudo pelo bem geral. Agora o Japão tem cinquenta heróis reais que personificam as qualidades daqueles admirados em filme.

Os trabalhadores, pessoal dos serviços de emergência e cientistas que trabalham para salvar a central nuclear de Fukushima, os seus conterrâneos e a si próprios são os novos heróis japoneses.

Não há muita informação sobre quem são e apenas alguns familiares aceitaram falar com os media japoneses.

Uma mulher contou aos jornais que o seu pai, que trabalhou para uma companhia eléctrica durante 40 anos e que se iria reformar em Setembro, se voluntariou para ajudar.

«O futuro da central nucler depende de como resolvemos esta crise», terá dito à filha. «Sinto que a minha missão é ajudar».

O pequeno grupo de trabalhadores que ficou no local à medida que as condições foram piorando foram alcunhados de 'Os 50 de Fukushima', apesar de se suspeitar que o número de pessoas que ainda estão a trabalhar na central esteja perto da centena.

Na quarta-feira o governo japonês elevou o limite legal de radiação a que os trabalhadores podem estar expostos de 100 para 250 millisieverts. O valor é 12 vezes superior ao limite legal dos trabalhadores que trabalham com radiação no Reino Unido.

As pessoas que vivem perto da central estão a ser monitorizadas à medida que são evacuadas. Segundo as autoridades, seria necessário uma exposição de mil millisieverts para que os sintomas de náuseas se façam sentir.

Os 'efeitos tardios' da exposição podem não ocorrer durante vários anos e a probabilidade de desenvolvimento de cancro é apenas uma possibilidade que aumenta e não uma certeza.

Apesar de serem heróis sem identidade, a sua bravura já ganhou a admiração de muitos japoneses.

«Estão a sacrificar-se pelo povo japonês», declatrou Fukuda Kensuke, uma funcionária pública em Tóquio à BBC. «Sinto-me grata àqueles que continuam a trabalhar lá».

O primeiro ministro, Naoto Kan, prestou tributo a todos os encolvidos nos esforços para estabilizar a central nuclear, descrevendo como estão a fazer «o seu melhor sem pensar duas vezes no perigo».

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