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Mário Lino acusa PSD de 'deriva de chegada ao poder a todo o custo'

florindo

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Out 11, 2006
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O ex-ministro das Obras Públicas Mário Lino acusou hoje, em Santarém, o PSD de ter entrado «numa deriva de chegada ao poder a todo o custo» e considerou que este não é um bom momento para haver eleições.

Mário Lino recebeu hoje a medalha de ouro da cidade por «altos serviços em defesa dos interesses de Santarém», nomeadamente no processo de negociação das contrapartidas pela não construção do novo aeroporto na Ota, com a consequente transferência de património da Administração Central para o município, como a antiga Escola Prática de Cavalaria.

Questionado pela agência Lusa sobre a actual situação do país, Mário Lino declarou-se «muito preocupado» com o caminho «extremamente perigoso» que se está a seguir fruto de «uma certa histeria».

«Nestes momentos muito difíceis é fundamental as pessoas manterem a cabeça fria, um grande discernimento e não se deixarem arrebatar pelas emoções», disse, lamentando que muitos dirigentes não demonstrem a «serenidade e a racionalidade» que a situação exige.

Em concreto, lamentou que o PSD tenha entrado «numa deriva de chegada ao poder a todo o custo, quando o que interessa aqui não é o que interessa ao partido tal ou tal».

Para Mário Lino, o PS e o Governo «têm feito tudo o que no seu entender é necessário para resolver os problemas do país e não os do partido», já que, neste campo, «têm feito o pior que há», porque as medidas que tomam «não são populares e desesperam muito as pessoas».

«O PS tem-nas tomado porque tem consciência que as alternativas seriam sempre muito piores», afirmou, apelando, contudo, a quem tem alternativas melhores «que diga quais são».

No seu entender, a realização de eleições nesta altura por iniciativa de partidos que condenam a severidade das medidas anunciadas pelo Governo redundará num contra senso, porque, seja qual for o resultado eleitoral, quem ganhar terá que aplicar «medidas muito piores».

«A vinda do FMI para actuar em Portugal vai ser muito má para o país, como está a ser na Grécia e na Irlanda, e tínhamos as condições para dispensar essa vinda e resolver as coisas no quadro das instituições e dos mecanismos da União Europeia e era isso que o Governo estava a fazer», disse.

Mário Lino afirmou que o PSD deseja a vinda do FMI (Fundo Monetário Internacional) porque «para tomar certas medidas que são difíceis é preciso coragem, que esta direcção do PSD não parece ter, e portanto precisa de uma muleta para as impor».

Advertindo que as medidas a aplicar pelo FMI «serão muito piores», Mário Lino disse acreditar que o povo português «saberá interpretar e entender bem a linha de orientação» de cada partido.

Lusa/SOL
 
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