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Dia do Estudante: alunos protestam contra 'cortes nas bolsas de estudo'

florindo

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Out 11, 2006
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Centenas de alunos de universidades e politécnicos de todo o país prometem na quinta-feira, Dia do Estudante, dirigir-se a Lisboa para escreverem no livro de reclamações da Direcção-geral do Ensino Superior as suas queixas em relação aos cortes nas bolsas de estudo.

O protesto, que pretendem «nacional», está a ser promovido, entre outras, pelas associações e federações académicas do Porto, Braga, Évora, Aveiro, Leiria, Castelo Branco, Viseu e Trás-os-Montes e Alto Douro.

A Federação Académica do Porto (FAP) estima que «500 a 600» estudantes vão a Lisboa para participarem no protesto na Direcção-geral do Ensino Superior (DGES).

O objectivo dos estudantes é «escrever no livro de reclamações dessa instituição, relatando a injustiça de que foram alvo, consequência das alterações na atribuição de bolsas de estudo no presente ano lectivo», segundo uma nota da FAP.

Cerca de 500 estudantes da Universidade de Évora irão também a Lisboa assinar o livro de reclamações da DGES. O presidente da associação académica, Luís Rodrigues, adiantou que os estudantes «estão descontentes com o funcionamento do processo» de atribuição das bolsas.

«O senhor ministro prometeu-nos que em Outubro já teríamos bolsas pagas. Em Évora, só em Janeiro é que começámos a ter o sistema a funcionar e, neste momento, ainda temos cerca de 300 alunos com o seu processo por concluir», disse.

«Se há bolsas de 400 e 500 euros é porque os alunos precisam delas. Estamos em Março e, neste momento, alguns estudantes só estão a receber os adiantamentos que são uns miseráveis 98 euros», lamentou.

A Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) é outra das associações que estará em Lisboa na quinta-feira.

«Vamos levar entre 50 a 70 pessoas», disse o presidente da AAUAv, Tiago Alves.

Na Universidade de Aveiro (UA) há cerca de 1700 alunos que viram indeferido o pedido de bolsa em 2010/2011. Tiago Alves acrescentou que a UA «está a ver se arranja um fundo social activo através de investimentos externos e fundos próprios da instituição para apoiar os alunos mais carenciados de forma a não abandonarem o ensino superior».

Também a Federação Académica de Leiria decidiu, com meia centena de alunos, juntar-se ao protesto nacional.

A Federação Académica do Instituto Politécnico de Castelo Branco (FACAB) vai também participar com cerca de dez bolseiros.

A Associação Académica do Politécnico de Viseu decidiu deslocar-se à DGES e «facilitar o transporte a todos os que também queiram ir», explicou o seu presidente, Tiago Santos.

«Mas os alunos sentem dificuldades em faltar às aulas e estão a pedir-nos para os irmos representar», contou. Desta forma, Tiago Santos, os presidentes das cinco associações de estudantes das escolas do IPV e os restantes alunos que entretanto manifestem interesse vão deslocar-se para Lisboa numa carrinha.

Também a Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai disponibilizar um autocarro para os alunos que se queiram juntar-se ao protesto em Lisboa.

O presidente da AAUTAD, Patrick Freitas, teme porém, por causa da distância e por ser um dia de aulas, que poucos adiram à iniciativa.

Também na universidade de Vila Real desceu este ano o número de alunos com bolsas: são menos 600.

No ano lectivo passado, 2.850, ou seja, 38 por cento dos 7500 candidatos, tiveram bolsa de estudo. Neste ano, verifica-se uma redução de 15 por cento no valor das bolsas e uma redução entre 10 e 30 por cento no número de beneficiários.

SOL/Lusa
 
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