• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Mulheres: horário semanal atinge 39 horas, mais 16 em casa

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,985
Gostos Recebidos
346


As mulheres portuguesas trabalham em média 39 horas semanais, menos duas horas que os homens, mas fazem mais 16 horas de trabalho não remunerado por semana relacionado com a família, diz um estudo da CGTP a que a Lusa teve acesso.

De acordo com um documento que vai hoje servir de base de discussão num seminário sobre o combate às desigualdades, os homens também trabalham em média mais duas horas e 45 minutos que o seu horário normal, mas trata-se de trabalho profissional pago.

O estudo da Intersindical foi elaborado com base em dados do INE e do Ministério do Trabalho, no âmbito das comemorações dos 150 anos do Dia Internacional da Mulher.

Segundo o documento, os horários de trabalho das mulheres variam conforme a actividade: 41 horas na agricultura e pescas, 40 na indústria e 39 horas nos serviços.

A maioria das mulheres trabalha nos serviços (74 por cento).

Na última década a percentagem de mulheres a trabalhar por turnos, aos fins de semana e à noite subiu de 30 para 40 por cento.

A CGTP refere no documento que ficam fora das estatísticas oficiais o prolongamento ilegal dos horários máximos legais ou convencionais, o não pagamento de horas extraordinárias, os aumentos dos ritmos de trabalho, a cada vez mais difícil conciliação entre a vida pessoal e familiar e a vida profissional.

Citando o inquérito ao emprego de 2005, o estudo refere que 39 por cento dos trabalhadores não tem possibilidade de alterar o horário de trabalho diário por razões familiares (começar e/ou terminar o dia de trabalho com uma diferença de pelo menos uma hora), sendo esta percentagem de 37 por cento para as mulheres e de 41 por cento para os homens.

Por outro lado, mais de metade dos trabalhadores (55 por cento), menos um ponto percentual no caso das mulheres, referiu não ser possível organizar o tempo de trabalho de maneira a ausentar-se dias inteiros por razões familiares.

Oitenta e dois por cento dos trabalhadores, no caso das mulheres é de 77 por cento, não se ausentou do trabalho devido a emergências familiares.

Quinze por cento dos trabalhadores, a percentagem sobe para 19 por cento no caso das mulheres, ausentou-se, mas não recorreram aos dias de licença previstos na lei.

Quatro por cento das mulheres e um por cento dos homens recorreram a licenças remuneradas, sendo as mesmas percentagens de 0,8 por cento e 0,4 por cento, respectivamente, no caso das licenças não remuneradas.

Só seis por cento dos trabalhadores com filhos até aos seis anos usaram a licença parental prevista na lei, oito por cento no caso das mulheres.

Lusa/SOL
 
Topo