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Centenas de milhares de manifestantes contra e a favor do presidente do Iémen, Ali Abdallah Saleh, mobilizam-se, esta sexta-feira, em duas concentrações distintas em Sanaa, patrulhada pelas forças de segurança, segundo correspondentes da agência noticiosa AFP.
A oposição apelou a uma jornada de mobilização para pedir a partida do chefe de Estado, no poder há 32 anos, e uma multidão concentrou-se numa praça que os adversários de Saleh rebatizaram como "praça da Mudança", perto da universidade de Sanaa.
Partidários do presidente concentraram-se também em grande número a cerca de quatro quilómetros, numa praça ao lado do palácio presidencial, segundo correspondentes da AFP.
"Resistiremos. Resistiremos firmemente", declarou Saleh, dirigindo-se aos seus partidários.
"Resistiremos a todos os obstáculos", insistiu, considerando que a concentração dos seus partidários é "a resposta" aos opositores presentes na outra manifestação.
Os manifestantes anti-regime tinham indicado que esperariam pelo dia 1 de Abril para marchar sobre o palácio presidencial.
O chefe de Estado, por seu turno, cada vez mais isolado na sequência da rejeição de líderes religiosos e tribais, anunciou quinta-feira que se defenderá "por todos os meios possíveis".
Temendo uma repetição dos acontecimentos de 18 de Março, quando 52 manifestantes foram mortos por partidários do regime, a Amnistia Internacional alertou o governo contra o uso de "força letal" e apelou às forças de segurança iemenitas para não utilizarem "munições reais contra manifestantes desarmados".
Jornal de Notícias