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O primeiro-ministro José Sócrates manifestou-se, esta sexta-feira, "impaciente" por regressar a Lisboa para comentar as posições do PSD sobre a subida do IVA e a avaliação dos professores, confessando que tem de se "conter" para não o fazer em Bruxelas.
"Logo que regressar, tenho muito a dizer a propósito da oposição", designadamente "sobre o aumento dos impostos e o que hoje foi discutido no parlamento a propósito da avaliação dos professores", indicou José Sócrates, acrescentando que só não o faz já por o seu "dever neste momento", em Bruxelas, ser "defender Portugal".
Perante a insistência dos jornalistas presentes na conferência de imprensa do final do Conselho Europeu, e questionado em concreto sobre a anunciada disponibilidade do PSD para um aumento do IVA, José Sócrates admitiu que tem de se "conter" para só fazer comentários no seu regresso a Portugal.
"Nem calcula a vontade que tenho de comentar isso, mas tenho que conter a minha impaciência, porque acho que o meu dever neste momento é defender Portugal. Quando chegar a Portugal terei muitas oportunidades" de comentar, disse.
"Como foi possível Oposição fazer isto ao país?"
O primeiro-ministro demissionário confessou que muitas vezes se pergunta "como foi possível" os partidos da oposição "fazerem isto ao país", ao reprovarem o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), precipitando a queda do Governo.
"Muitas vezes me pergunto: como é que foi possível fazerem isto ao país? (...) Era óbvio que a nossa situação ficaria enfraquecida", assinalou, acrescentando que "bastaram 24 horas" para que as agências de notação baixarem a notação da dívida portuguesa. "E só lá vão 24 horas", sublinhou.
Embora destacando que a situação de Portugal "ficou pior" depois da reprovação do PEC pela Assembleia da República, José Sócrates insistiu, numa conferência de imprensa particularmente concorrida e seguida pela imprensa internacional, que "Portugal não precisa de aderir a nenhum fundo de resgate" e irá cumprir "os seus compromissos com a Europa".
Jornal de Notícias