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Os principais partidos portugueses, PS e PSD, têm que «respeitar os compromissos de redução do défice» que fizeram junto das instituições europeias e nos «termos» acordados com essas instituições, afirmou hoje José Luis Rodríguez Zapatero.
«A conclusão deste Conselho Europeu foi de que as principais forças politicas de Portugal, o partido que governa e o principal partido da oposição, expressem que respeitam os compromissos de redução do défice comprometidos com as instituições europeias», disse hoje o primeiro-ministro espanhol.
Em declarações depois do Conselho Europeu, Zapatero insistiu que essa é a condição principal para que a situação política em Portugal «não represente instabilidade financeira para Portugal» até ao fim do processo eleitoral, dentro de dois meses.
«A Europa vai exigir essas condições, seja qual for o processo e os resultados eleitorais», afirmou.
«A mensagem de tranquilidade deve ser que as forças politicas portuguesas, com possibilidade de governar, expressem o compromisso de Portugal com a redução de défice, nos termos acordados com as instituições europeias, o Banco Central e a Comissão», sublinhou.
Em conferência de imprensa, Zapatero considerou que o Conselho Europeu deixou claro que a UE «apoia e confia em Portugal», para assim garantir a estabilidade e capacidade de financiamento do país.
«Devo sublinhar que a vontade e o espírito no Conselho europeu foram muito claras: apoiar Portugal, confiar em Portugal para que garanta a sua própria estabilidade e a sua capacidade de financiamento», disse aos jornalistas José Luis Rodríguez Zapatero, depois da reunião do Conselho Europeu.
«Desejo expressar publicamente, como já o fiz pessoalmente, todo o meu apoio a José Sócrates pela tarefa que tem vindo a realizar», sublinhou ainda.
O chefe do Governo espanhol explicou que a situação em Portugal foi num dos temas que foi analisado na reunião do Conselho marcada por um «conteúdo denso, e de grande importância em aspectos económicos e nos principais temas da política internacional».
«O objectivo essencial que nos reuniu foi dar a aprovação definitiva a um amplo pacote de medidas económicas para fortalecer a resposta à crise, fortalecer a estabilidade macroeconómica e financeira da zona euro e da UE e garantir para o futuro uma maior competitividade do conjunto das economias em particular da zona euro», explicou.
«Concluímos uma tarefa de fortalecimento das normas, das regras, dos meios, dos instrumentos da Europa para a estabilidade económica, para a resposta definitiva à crise mais grave vívida nos últimos 80 anos e também para dar esse horizonte de estabilidade no futuro», frisou.
O pacote de medidas aprovado em Bruxelas, disse, centra-se em «quatro elementos fundamentais», nomeadamente a consolidação orçamental, crescimento do emprego, estabilidade do sector financeiro e mecanismos de estabilidades financeira na zona euro.
Lusa/SOL