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A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, alertou, este sábado a Síria contra o risco de uma "espiral de violência" causada pela repressão violenta de manifestações. A responsável apelou a que se tirem lições dos acontecimentos no Magrebe e no Médio Oriente.
"Os acontecimentos recentes no Médio Oriente e no Norte de África demonstram claramente que a repressão violenta das manifestações pacíficas não dá resposta às expectativas das pessoas que saem à rua e pode criar uma espiral de ódio, violência e caos", sublinhou num comunicado.
"O povo sírio não é diferente das outras populações da região. Quer desfrutar dos direitos humanos fundamentais que lhe têm sido negados há muito", adiantou Navi Pillay.
A Síria, que é dirigida há cerca de 50 anos pelo partido Baas, é palco há mais de uma semana de manifestações sem precedentes com exigências de reformas, na esteira dos movimentos de revolta noutros países da região.
Navi Pillay sublinhou que as tentativas de recurso à força no Egipto, Tunísia, Líbia, Iémen ou Bahrein não conseguiram acalmar o descontentamento e "só alimentaram a frustração e a raiva até esta atingir o ponto de ebulição".
"Uma vez iniciada esta espiral é muito mais difícil fazer o que deveria ter sido feito primeiro, a saber, garantir os direitos legítimos de expressão e de reunião pacíficas, ouvir e trabalhar para resolver os verdadeiros problemas", salientou.
Jornal de Notícias