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Os juros exigidos pelos investidores para deter os títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos voltam hoje a bater máximos históricos, um dia depois de a Standard & Poor's ter ameaçado com novo corte do 'rating'.
Os juros exigidos pelos investidores para deterem títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negoceiam hoje em média nos 8,732 por cento, acima dos 8,690 por cento de segunda-feira, batendo novo máximo histórico, situando-se o 'spread' face à dívida alemã nos 612,2 pontos base.
No prazo a dez anos, a taxa negociava, em média, nos 7,925 por cento, ligeiramente abaixo dos 7,926 por cento a que negociava na segunda-feira.
O 'spread' face à dívida alemã na maturidade a dez anos situava-se nos 462,6 pontos base, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.
Na segunda-feira, as taxas de juro no mercado secundário superaram os 8 por cento em cinco prazos e bateram máximos históricos em pelo menos três, após a ameaça da Standard & Poor's de novo corte do 'rating'.
A agência cortou o 'rating' de cinco bancos portugueses e duas subsidiárias e deixou ainda a ameaça de um novo corte ao 'rating' da República, que pode chegar ainda esta semana, depois do 'downgrade' em dois níveis aplicado na quinta-feira.
A agência justifica o corte com a recusa no Programa de Estabilidade e Crescimento no Parlamento, a consequente demissão do primeiro-ministro, José Sócrates, e a opinião de que aumentou a probabilidade de Portugal ter de pedir ajuda financeira internacional.
Lusa/ SOL