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Cerca de 150 somalis e eritreus provenientes da Líbia chegaram segunda-feira ao fim da noite a bordo de dois barcos ao porto da pequena ilha italiana de Lampedusa, inundada nos últimos dias pelos desembarques de clandestinos.
«Chegaram a bordo de dois barcos, e entre eles encontram-se numerosas mulheres e crianças», indicou aos jornalistas o presidente da câmara municipal da ilha, Dino de Rubeis, presente no local.
Após terem esperado no cais dentro de uma zona militar não acessível à imprensa, os imigrantes foram conduzidos de autocarro para uma antiga base militar.
O presidente da câmara municipal precisou que estes novos recém-chegados «não serão misturados com os outros imigrantes já presentes na ilha, na sua maioria tunisinos, por razões de segurança».
«Não queremos misturar os somalis e os eritreus, entre os quais se encontram muitas mulheres e crianças, com os jovens Tunisinos, porque em 2008 tivemos incidentes neste tipo de circunstâncias», explicou.
O presidente da câmara municipal recordou igualmente que «cerca de 700 pessoas devem ser retiradas de Lampedusa por via aérea» durante o dia de hoje e que «quarta-feira seis navios com uma capacidade para 10.000 passageiros devem chegar a Lampedusa e evacuar os 6.000 imigrantes que a ilha abriga neste momento».
«Falei três ou quatro vezes por telefone com o ministro do Interior Roberto Maroni e ele assegurou-me que todos os imigrantes serão retirados quarta-feira», sublinhou.
Segundo estatísticas oficiais publicadas domingo, 18.501 migrantes chegaram desde o início do ano a Lampedusa contra os cerca de 4.000 em todo o ano de 2010.
Além disso, um Conselho de Ministros extraordinário consagrado a este problema foi convocado para quarta-feira.
Em 2008, a Itália e a Líbia assinaram um tratado de amizade que conduziu a uma queda de 94 por cento da imigração ilegal.
Roma, que suspendeu este tratado, receia a chegada de milhares de clandestinos em caso de queda do regime de Muammar Kadhafi, que chegou a ameaçar enviar «milhões» de imigrantes na Europa.
Lusa/ SOL