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O governo sírio do primeiro-ministro Naji Otri deverá demitir-se, terça-feira, e um novo executivo deverá ser anunciado nas 24 horas seguintes, declarou um alto responsável de Damasco citado pela France Presse.
"O governo deve apresentar a demissão, hoje, e um novo executivo verá a luz do dia em 24 horas", afirmou este responsável que pediu para não ser identificado.
Esta medida surge numa altura em que o regime se confronta com uma contestação sem precedentes na sequência das revoltas do mundo árabe.
O presidente Bachar al-Assad, no poder desde 2000, deve anunciar brevemente uma série de medidas para liberalizar o actual regime em funções há quase cinco décadas.
As medidas deverão incluir a abolição do estado de emergência que priva os cidadãos da maioria das liberdades públicas.
Entretanto, milhares de pessoas dirigiam-se, terça-feira, para uma grande praça de Damasco para apoiar o presidente Bachar al-Assad, atualmente confrontado com uma contestação sem precedentes desde que assumiu o poder em 2000.
"Pelo nosso sangue, pela nossa alma, nós nos sacrificaremos por ti Bachar", "Deus, Síria, Bachar e é tudo", "Um, um, um, o povo sírio é um", gritavam os manifestantes concentrados na praça Sabaa Bahrat, que fica à frente do banco central da Síria, que tem uma enorme fotografia do chefe de Estado sírio.
Os manifestantes empunhavam bandeiras sírias e fotografias do presidente.
A Síria é um país multiconfessional e multi-étnico, cuja população inclui sunitas, que são a maioria, alauítas, que têm as rédeas do poder, cristãos e curdos.
Concentrações similares estão previstas, terça-feira, em todas as cidades do país.
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