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PSD quer estudo do TC para reestruturar sector empresarial do Estado

florindo

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O PSD vai defender esta quarta-feira no Parlamento a criação de um grupo de trabalho liderado pelo Tribunal de Contas que realize, em seis meses, um estudo económico-financeiro sobre o sector empresarial do Estado.

Os sociais-democratas reservaram a sessão plenária de quarta-feira para debater um projecto de resolução, no qual recomendam ao actual Governo demissionário que promova "um exercício independente de análise económico-financeira do sector empresarial do Estado", com vista à sua reestruturação, que consideram "urgente".

O PSD pretende, através deste estudo, identificar quais as empresas detidas total ou parcialmente pelo Estado que "devem ser mantidas", quais "deverão ser objectivo de reestruturação", quais "deverão ser privatizadas e concessionadas", quais"deverão ser objecto de fusão", quais "reintegradas no perímetro das administrações públicas" e quais "deverão ser encerradas".

Para esse efeito, os sociais-democratas propõem "a criação de um grupo de trabalho liderado pelo Tribunal de Contas que apresente, num prazo de seis meses, um plano de actuação concreto que permita uma resposta efectiva às questões levantadas".

No seu projecto de resolução, o PSD recomenda também ao Governo "a redução, a curto prazo, da participação do Estado em empresas cotadas em bolsa", sendo "o encaixe associado a essas alienações" afectado "à redução de dívida pública".

O PSD propõe ainda que o modelo de gestão do sector empresarial do Estado seja redesenhado e que a remuneração dos gestores públicos tenha em conta factores como os objectivos definidos para as respectivas empresas e se estas actuam ou não num mercado concorrencial.

"Uma reestruturação" e "consequente diminuição do peso do sector empresarial do Estado na economia portuguesa" é "uma necessidade imperiosa e urgente que está muito para além de quaisquer perspectivas ideológicas e que se impõe pelo realismo das presentes circunstâncias financeiras, económicas e sociais", considera o PSD, na exposição de motivos do seu projecto de resolução.

Os sociais-democratas referem que, entre 2006 e 2009, o sector empresarial do Estado passou de 3,7 por cento para 5,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e que o seu peso no emprego passou de 2,5 para 3,4 por cento, correspondentes a "aproximadamente 150 mil trabalhadores".

Segundo o PSD, "o esforço financeiro do Estado na manutenção do actual modelo de sector empresarial do Estado é insustentável" e "a concessão/privatização/alienação de alguns activos empresariais é fundamental para a consolidação das finanças públicas".

Para além de invocar o argumento da necessidade, o PSD assume como princípio que "o Estado não deverá ser o motor da economia, cabendo esse papel, sempre que possível, à economia privada e social".

"O serviço público prestado aos cidadãos deve ser reavaliado caso a caso e de forma recorrente, assegurando a todo o momento que continua a existir a necessidade que esteve na sua origem, e que o sector privado não tem capacidade de o prestar garantindo a mesma qualidade para o mesmo nível de custo social", lê-se no texto do projecto social-democrata.

Lusa/ SOL
 
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