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Programa eleitoral do PSD admite aumento do IVA, afirma PS

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O dirigente do PS Vitalino Canas acusou hoje o PSD de apresentar ideias abstractas e banalidades como linhas orientadoras do programa eleitoral do partido e de admitir de forma ambígua que pretende aumentar o IVA.

«Olhando para aquilo que pomposamente se diz serem as ideias orientadoras do programa [do PSD], simplesmente vemos um índice cheio de ideias gerais, de ideias abstractas, de algumas banalidades que continuam a manter escondida a agenda do PSD», afirmou o deputado socialista em declarações à Lusa.

Segundo Vitalino Canas, os sociais-democratas não dizem nada sobre «questões fundamentais, designadamente em relação ao modo como o PSD pretende enfrentar os problemas imediatos com que Portugal está confrontado, que são os problemas da dívida soberana e o aumento galopante das taxas de juro à dívida», situações que o socialista considera resultarem «da crise política que o próprio PSD provocou».

Ainda assim, referiu, o PSD, «por palavras mais ou menos ambíguas, vai dizendo que vai aumentar o IVA, já que é óbvio que em 2012, 2013 e não sei se também em 2011 vai ter de haver novas medidas de consolidação orçamental e vai faltar dinheiro».

A direcção de Pedro Passos Coelho apresentou na terça-feira à noite, ao conselho nacional do PSD, um documento com as linhas gerais do futuro programa eleitoral do partido, no qual defende uma "mudança do actual paradigma estatizante" e um "reforço da cidadania e da sociedade civil", sustentando que o modelo de desenvolvimento seguido pelo actual Governo esteve "sempre errado".

No plano social, a direcção social-democrata propõe a "construção de uma parceria alargada entre o Estado, as autarquias locais e a sociedade, reconhecendo um papel fulcral às misericórdias e às instituições privadas de solidariedade social (IPSS)".

O PSD propõe ainda desviar fundos comunitários do actual Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) afectos às infraestruturas para o financiamento de programas sociais.

O documento, que para Vitalino Canas constitui «uma peça para a propaganda», defende também a adopção com urgência de um "programa de estabilização financeira" e um "programa de emergência social".

Programa de estabilização financeira que o deputado socialista afirmou ser «uma forma de dizer que vai aprovar novos PEC [Programa de Estabilidade e Crescimento], porventura muito mais gravosos, porque a situação também se está a agravar, com aumento de impostos e, eventualmente, despedimento de funcionários públicos».

De acordo com Vitalino Canas, há uma frase no programa que «esconde» essa intenção, falando antes «da diminuição do peso do Estado e da redução do Estado aos sectores essenciais».

Lusa/ SOL
 
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