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Síria: Presidente sírio discursou, mas desiludiu o povo

florindo

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Out 11, 2006
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O presidente da Síria, Bashar al-Assad, discursou esta quarta-feira no parlamento na sequência da demissão do governo e da crescente onde de protestos que se têm verificado no país.

De acordo com a BBC, o discurso do presidente sírio surpreendeu, não pelo que foi proferido, mas antes pelo que não foi abordado.

A população síria esperava com ansiedade a intervenção pública de Bashar al-Assad, pois era esperado que anunciasse o levantamento do estado de emergência que vigora no país há 48 anos.

Assad abordou antes «uma conspiração estrangeira» que tem colocado «um teste de união» à Síria e à sua população.

«Os nossos inimigos estrangeiros são estúpidos pois escolheram a nação e o povo errado para atacar e sabotar a estabilidade», observou, apontando que este «ataque» é efectuado através «dos mais sofisticados mecanismos».

Citado pelo New York Times, Assad afirmou: «Não quero que as pessoas pensem que estou a culpar o que está a acontecer internamente com conspirações externas, mas elas estão interligadas».

Antes de acusar elementos estrangeiros pela instabilidade sentida na Síria, o presidente sublinhou que «apoia as reformas e as exigências da população», advertindo contudo que «não está a favor do caos e destruição».

O discurso de Bashar al-Assad gerou desconfiança e desânimo entre a população síria, segundo a Associated Press.

Advogado e activista pró-reformas na Síria, Razan Zaitouneh destacou que «o facto de ele [Bashar al-Assad] culpar tudo em conspiradores só significa que nem sequer se apercebeu da raiz do problema».

O activista reforçou estar «em estado de choque», avisando que o discurso «não cairá bem entre o povo sírio».

Nas manifestações que têm preenchido as ruas de cidades como Deraa e Damasco, as principais reivindicações a ecoarem entre as vozes de protesto visam a demissão de Assad do seu cargo e o levantamento do estado de emergência no país.

Ao não abordar o último ponto, Bashar al-Assad referiu-se antes ao seu cargo como presidente: «A minha responsabilidade é supervisionar e assegurar a estabilidade da nação, e vou prosseguir com as minhas funções».

Como tal, a demissão do governo anunciada na terça-feira é agora encarada apenas como uma medida simbólica que pretende amenizar a violência e os protestos anti-regime.

SOL
 
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