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Os maquinistas da CP terminam hoje uma greve às horas extraordinárias de quase mês e meio contra os cortes salariais, enquanto os trabalhadores da REN terminam uma paralisação que começou no início do mês.
A greve dos maquinistas, pessoal de tracção e inspectores chefes de tracção da CP afectos ao SMAQ (Sindicato Nacional de Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses) teve início dia 17 de Fevereiro e compreendeu a paralisação destes trabalhadores à quinta hora de serviço (desde que o seu turno de trabalho excedesse as cinco horas consecutivas), de trabalho em dia de descanso e a falta de repouso.
Paralelamente a este protesto, os maquinistas da CP têm marcado e cumprido mais períodos de greve, nomeadamente para períodos de quatro horas entre as 5h às 9h da manhã - que abrange também a CP Carga.
Também em luta desde o início do mês estiveram os trabalhadores da REN, a empresa estatal que gere as redes de transporte de electricidade e gás.
Numa greve que teve início a 1 de Março, os trabalhadores paralisaram nas duas primeiras horas do período de trabalho diário, em todos os regimes de trabalho, até dia 8. Entre 9 e 15 de Março, pararam nas duas últimas horas do período de trabalho diário, em todos os regimes de trabalho.
De dia 16 até dia 23 teve início novo período de greve, às três primeiras horas do período de trabalho diário, em todos os regimes de trabalho, terminando depois com novo período de greve, entre os dias 25 e esta quinta feira, com paralisações nas três últimas horas do período de trabalho diário, em todos os regimes de trabalho.
Os trabalhadores dos Correios também terminam hoje uma greve ao trabalho suplementar que começou a 7 de Março. O protesto visava contestar os cortes salariais impostos pelo Governo e aquilo que os trabalhadores consideraram ser um «ataque à contratação colectiva».
Lusa/SOL