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'Não devemos pagar abortos a quem falta às consultas de planeamento familiar'

florindo

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O obstetra e coordenador do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, Miguel Oliveira da Silva, defendeu hoje que as mulheres que interrompam a gravidez no serviço público e faltem à posterior consulta de planeamento familiar paguem esta intervenção.

«Não devemos continuar a pagar dos nossos impostos um segundo aborto recorrente a uma pessoa que, irresponsavelmente, após o primeiro falta à consulta de planeamento familiar», disse.

Miguel Oliveira da Silva reagia, desta forma, ao relatório dos registos das Interrupções da Gravidez (IG) da DGS, referentes ao período de Janeiro a Dezembro de 2010, segundo o qual, independentemente dos motivos, foram realizados 19.436 abortos, menos que em 2009 (19.848).

De acordo com este documento, mais de 250 mulheres que interromperam a gravidez em 2010 tinham feito três ou mais abortos anteriormente e, destas, quatro já tinham abortado mais de dez vezes.

Repetições que são um «mau sinal» para Miguel Oliveira da Silva que se congratula, contudo, com a descida do número de abortos em 2010.

«Todos ficamos contentes com a diminuição das IG, mas essa diminuição podia ser muito mais favorável», disse.

O especialista - que se mobilizou a favor de uma lei que discriminasse a prática do aborto, até às dez semanas de gestação - considera que «o problema é que muitas mulheres faltam à consulta de planeamento familiar obrigatória nos 15 dias seguintes à interrupção da gravidez».

«Temos a percepção de que [as faltosas] são mais de 50 por cento», disse.

Miguel Oliveira da Silva defende a criação de «mecanismos, em matéria de cuidados de saúde, para essas mulheres serem contactadas - por telefone, carta ou pessoalmente - e avisadas de que teriam de pagar o aborto se faltassem à consulta de planeamento familiar».

«Se isso fosse feito, a diminuição de IG seria muito maior», avançou.

Lusa/SOL
 
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