- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,984
- Gostos Recebidos
- 345
As operações de resgate no Japão tem sido perturbadas pelos elevados níveis de radiação na área em torno da central de Fukushima, onde inúmeras interrupções restringem a retirada dos corpos das vítimas do tsunami que atingiu o país.
Aliás, a devastação causada pelo sismo e subsequente tsunami tem sido ofuscada pelas repercussões que o desastre causou na central nuclear de Fukushima.
As fugas de radiação têm colocado a população em alerta e, por outro lado, as operações de resgate dentro do perímetro de evacuação - estabelecido num raio de 20 quilómetros em torno da central nuclear -, tem sofrido recorrentes paragens.
Um oficial da polícia da prefeitura de Fukushima revelou que os corpos «estão em todo o lado: dentro de carros, nos rios, debaixo de escombros e nas ruas», num número total estimado em milhares.
O mesmo oficial disse ainda que as fugas de radiação são o principal entrave à sua recuperação: «Queremos encontrar os corpos rapidamente, mas também temos que garantir a segurança dos polícias em relação à radiação nuclear», sublinha.
Cada elemento das forças de resgate está equipado com um fato especial anti-radiação e com um medidor do nível de radioactividade. Assim que o alarme do medidor é accionado, as autoridades são obrigadas a abandonar o local.
A 27 de Março, vários oficiais foram forçados a interromper os seus esforços para retirar um corpo dos escombros após este ter disparado o alarme devido aos proibitivos níveis de radiação que emanava.
A tradição de cremar os mortos tem suscitado igualmente preocupações no Japão, pois o fogo inerente ao processo pode alastrar as radiações.
As autoridades japonesas já recomendaram que os corpos sejam sempre limpos e, em caso de serem detectados níveis de radiação, sejam manuseados por pessoas devidamente protegidas com um fato, luvas e máscara anti-radiação.
O número de corpos evacuados no Japão já superou os 11 mil, mas estimativas apontam para que já tenham morrido 19.500 pessoas.
SOL/AP