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O ex-líder do PSD Luís Filipe Menezes acusou hoje o Partido Socialista de levar «o país até ao abismo» e José Sócrates de conseguir «fenómenos de ilusionismo» ao convencer os portugueses de uma realidade diferente.
«O PS levou o país até à beira do abismo e agora está ali a tremer a ver se cai», afirmou Menezes, à Lusa.
O INE anunciou hoje a revisão em alta do défice para 2010 de 6,8 por cento para 8,6 por cento.
Esta alteração deveu-se à incorporação nas contas nacionais das imparidades com o Banco Português de Negócios (BPN), que acrescentam um ponto percentual ao défice de 2010, 0,5 pontos percentuais provenientes das empresas de transporte e 0,3 pontos percentuais relativas ao Banco Privado Português (BPP).
A nova metodologia, aplicada em diversos países, leva assim no caso de Portugal a uma revisão do défice em 1,8 pontos percentuais.
Para Luís Filipe Menezes, «não é de admirar que as taxas de juro estejam a subir porque lá fora estas informações que se souberam hoje, já as sabem há muitos dias».
«Acho que o modelo de político de Sócrates é o David Copperfield. Se o David Copperfield fosse primeiro-ministro de algum país, estou convencido que quereria ser como o engenheiro Sócrates», disse o autarca de Gaia, para quem «entre 2009 e 2010 foi um total descalabro».
Para Menezes, José Sócrates consegue mesmo realizar «fenómenos de prestidigitação (ilusionismo) fantásticos» ao «tentar durante muito tempo convencer [os portugueses] que a realidade é completamente diferente do que é».
«Hoje sabe-se que os valores que foram tornados públicos são totalmente falsos», sustentou.
Perante os dados hoje divulgados, o social-democrata acredita que o PS «está encurralado» porque «não pode falar de passado e não tem moral para falar do futuro», sendo essa a razão pela qual opta por «falar sobre o PSD».
«Eu gosto de coisas muito objetivas e o engenheiro Sócrates gosta muito de fantasia», salientou Menezes, recordando que o maior desemprego de sempre da democracia portuguesa, o maior défice público, o maior défice orçamental e a maior dívida externa são os atuais.
«E a culpa é do PSD? Nem o Luís de Matos ou o David Copperfield juntos conseguem convencer os eleitores disto, talvez seja preciso contratar um terceiro, o ministro das Finanças», ironizou.
Lusa / SOL