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O líder parlamentar do PS recusou «contribuir para a abertura de um diferendo político» entre partidos e Presidente da República, mas contrariou Cavaco ao afirmar que um Governo de gestão não pode solicitar ajuda financeira externa.
Francisco Assis falava aos jornalistas, depois do Presidente da República, Cavaco Silva, ter anunciado a convocação de eleições legislativas antecipadas para 5 de Junho, na sequência do pedido de demissão apresentado pelo primeiro-ministro na semana passada.
Interrogado sobre a existência de uma diferença de interpretação entre o Governo demissionário, que diz não ter poderes para solicitar ajuda externa, e o Presidente da República, que considerou que o executivo não está impedido de praticar actos internos e externos ao nível do financiamento do país, Francisco Assis disse não querer alimentar qualquer polémica a este nível.
Na sequência da comunicação ao país, o líder parlamentar do PS considerou que a actual crise política «era evitável», caso tivesse havido um consenso em torno da aprovação do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
Assis disse repetidamente que a culpa da crise política que o país atravessa se deve única e exclusivamente à irresponsabilidade dos partidos da oposição.
«Neste momento, pedia-se aos vários partidos que fizessem um esforço especial de se evitar uma crise política, porque se sabia que esta crise política tinha consequências dos pontos de vista económico, financeiro e social. Infelizmente, na semana, os vários partidos da oposição agiram com uma grande irresponsabilidade e precipitaram o país nesta situação de crise, tendo como solução a realização de eleições antecipadas».
Lusa/SOL