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O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, classificou hoje de «vingançazinha» por parte do Governo da República a questão de quem pede ou não ajuda externa para Portugal sair da crise em que se encontra.
Antes de chegar a esta conclusão, Alberto João Jardim, à chegada ao Aeroporto Internacional da Madeira, lembrou haver «um Acórdão do Tribunal Constitucional que diz que, mesmo em gestão, os governos têm o poder de desenvolver as medidas consideradas inadiáveis e indispensáveis».
«Para uma pessoa como eu que acha que a ajuda externa já devia ter sido há mais tempo e que o PS não quer a ajuda externa precisamente porque não quer que se saiba a situação em que se encontra o Estado - viram que ontem o défice em relação ao Produto Interno Bruto já era outra vez muito mais grave do que andavam a dizer - e, portanto, no meio desta comédia, o PS, ainda no Governo, tem todas as competências constitucionais para recorrer à ajuda externa. Se não fizer, é da sua responsabilidade», considerou.
Para o governante madeirense, «há uma certa vingançazinha, aliás, este foi sempre um Governo de vingançazinhas, vingaram-se da Madeira na primeira Lei de Finanças Regionais, vingaram-se com a Zona Franca, vingaram-se com o dinheiro das autarquias».
«Esta é uma gente da qual nós temos que nos ver livres o mais rapidamente possível», finalizou.
Na quinta-feira, na comunicação que fez ao país o Presidente da República fez referência às competências de um Governo de gestão, defendendo que «não está impedido de praticar os actos necessários à condução dos destinos do País, tanto no plano interno, como no plano externo».
No mesmo dia, o ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, defendeu que o actual «governo de gestão não tem condições para assumir compromissos em nome do país», já que foi «desautorizado» com a rejeição pela Assembleia da República do seu programa de estabilidade e crescimento, uma ideia já rejeitada pelo principal partido da oposição, o PSD.
Lusa / SOL