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Costa do Marfim: Violência na Costa do Marfim causa 800 mortos

florindo

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Out 11, 2006
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“Pelo menos 800 pessoas foram mortas em Duékoué na passada quarta-feira. As informações estão a ser recolhidas por delegados da Cruz Vermelha que se deslocaram ao local entre 31 de Março e 1 de Abril”, adiantou à AFP uma porta-voz da Cruz Vermelha em Genebra, Dorothea Kristsas. “Não há dúvida de que se passou algo de grande amplitude naquela cidade”, explicou. “Os delegados da Cruz Vermelha viram eles próprios, um grande número de corpos”.

Tudo indica tratar-se de violência entre comunidades rivais, adiantaram os responsáveis da Cruz Vermelha. Desde quarta-feira que aquela cidade passou a ser controlada pelas forças leais a Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como o vencedor das eleições presidenciais de Novembro, que se têm confrontado com os apoiantes do Presidente cessante Laurent Gbabgo, que se recusa a abandonar o poder.

Em Abidjan, a principal cidade do país, que na quinta-feira foi cercada pelas forças de Ouattara, houve violentos confrontos, apesar de o campo do Presidente eleito ter decretado um recolher obrigatório das 21h00 às 6h00. Os Estados Unidos apelaram ontem à força francesa presente no país e à missão da ONU no território para “protegerem os civis”.

Os apelos para que Gbagbo abandone o poder multiplicaram-se nas últimas horas, feitos pelo secretário-geral da ONU, pelos EUA e a União Europeia. Mas perante a recusa do Presidente cessante e o avanço das forças leais a Ouattara, a tensão subiu de tom em Abidjan, que se tornou quase uma cidade deserta mas onde na última noite se ouviram disparos de forte intensidade, adiantou a AFP. Um porta-voz do Presidente cessante, que contesta o resultado da votação de Novembro, adiantou que “Gbagbo não vai a lado nenhum porque foi eleito Presidente da Costa do Marfim”.

Em Yamoussoukro, a capital política, um professor de francês morreu na noite de sexta-feira depois de ter sido alvejado no hotel onde se encontrava, adiantou a AFP. As forças de Ouattara, que controlam o Norte do país, intensificaram a sua ofensiva para Sul nos últimos três dias para tentar tomar Abidjan e pôr fim a uma crise que, segundo informações da ONU, causou pelo menos 500 mortes desde Dezembro, sobretudo civis.

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