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Joaquim Coimbra: 'Banco Insular não existia e era virtual'

florindo

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Um dos principais acionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) garantiu que o Banco Insular (BI) de Cabo Verde «não existia» e que era «virtual», sublinhando que, apesar de existir juridicamente, «esteve sempre escondido».

Numa entrevista publicada na edição do jornal cabo-verdiano A Semana, que só hoje a meio da manhã saiu para as bancas após dois dias de problemas com a gráfica que o imprime, Joaquim Coimbra afirmou que grande parte do que sabe sobre o escândalo BPN/BI, caso que está a ser julgado em Portugal, obteve-o através da Comunicação Social.

«O BI não existia, era virtual. Juridicamente, creio que existia, mas, enfim, esteve sempre escondido. Na verdade, nem sei o que aquilo era. Se calhar era um refúgio, sei lá. Tudo o que sei é o que vem surgindo na comunicação social. Há muita coisa que venho tomando conhecimento só agora», afirmou.

Como exemplo deu o caso do Banco Sul Atlântico (BSA), denunciado recentemente por um inspetor tributário de Braga, Paulo Jorge Silva, durante o julgamento em Portugal.

«Não sei. Estou a ser-lhe correto dizendo que não tive conhecimento do BI até fevereiro de 2008. Assim como não sabia do BSA ou outro qualquer. Sei apenas o que aparecia nas contas e que era oficial, como o BPN-IFI (instituição Financeira Internacional), em Cabo Verde, o BPN Cayman», afirmou.

«Aquilo que era oculto era o tal BI, que viemos depois a saber tratar-se do Banco Insular. Para mim, muitas coisas que vieram a público são novidades e até eu fico surpreendido. Eventualmente, agora posso fazer certas ligações, mas, no fundo, fui um inocente no meio disto tudo», defendeu.

Garantindo nunca ter obtido qualquer financiamento do BI nas atividades empresariais que mantém há mais de 30 anos em Cabo Verde, Joaquim Coimbra disponibilizou-se para prestar esclarecimentos se o Ministério Público cabo-verdiano assim o entender.

«Até agora não fui solicitado a prestar declarações à Procuradoria (cabo-verdiana), mas se as autoridades assim entenderem, estarei disponível com a mesma abertura com que estou aqui (a dar a entrevista). Não temo vir a ser chamado a depor, até porque sou vítima, não criminoso», sustentou.

Joaquim Coimbra investe há cerca de três décadas em Cabo Verde - seu «segundo país» -, tendo criado a Inpharma (medicamentos), em 1991, e entrado para a Impar (seguradora), comprando a posição da Império Bonança.

Segundo assume, tem «uma participação» na Caixa Económica de Cabo Verde (CECV), através da Impar e da Labesfal, acionista da Inpharma e que tem ações nas empresas cotadas na Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVCV), como a Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos (SCVT), Banco Comercial do Atlântico (BCA) e ENACOL (combustíveis).

Nos seus investimentos, Joaquim Coimbra conta ainda com participações na área imobiliária, através da Turistur, com interesses nas ilhas da Boavista e Santiago.

Lusa / SOL
 
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