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PCP aberto a aproximação ao BE mas não ao PS

florindo

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O PCP decidiu hoje ir a votos em coligação com o PEV e expressou a expectativa de que as eleições permitam a «formação de um governo patriótico e de esquerda», aberto ao BE mas não ao PS de Sócrates.

«Um governo cuja viabilidade e apoio político e institucional está nas mãos do povo português com a sua posição, a sua luta e o seu voto», declarou o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, no final da reunião do Comité Central.

O órgão máximo do PCP entre congressos considerou hoje que a formação de um «governo patriótico e de esquerda» é um «imperativo inadiável» e recusou a ideia de um «governo de salvação nacional» constituído pelo PS, PSD e CDS-PP, «aqueles que têm enterrado e querem continuar a enterrar o país».

Questionado sobre se na perspetiva do PCP um governo «patriótico e de esquerda» inclui o BE, o secretário-geral comunista afirmou que «os patriotas e as pessoas sérias não estão só no PCP».

«Há muitos homens e mulheres, portugueses preocupados com o futuro do país, que procuram dar uma contribuição para travar este rumo. Em relação ao BE, é preciso que clarifique os seus objetivos, mas não temos nenhum preconceito em considerar que existam portugueses também preocupados com a situação, dispostos a fazer um esforço para esse governo patriótico e de esquerda», afirmou.

Quanto ao PS, Jerónimo de Sousa frisou que o secretário-geral do PS, José Sócrates, já se afirmou disposto «a trilhar o mesmo caminho» das medidas de austeridade e dos PEC.

«Como não estamos em tempo de milagres, não acreditamos nessa mudança», afirmou.

Para Jerónimo de Sousa, um «governo patriótico e de esquerda» seria a verdadeira «alternativa política» para o país, que «não pode ficar condenado» ao «governo do arco-da-velha política», disse, referindo-se às propostas para um Governo PS, PSD e CDS-PP.

Uma política alternativa deverá apostar «na renegociação da dívida, na diversificação das fontes de financiamento e das relações económicas».

Jerónimo de Sousa insistiu que a chamada «ajuda do FMI» não é uma ajuda, é um «perigo» para a soberania, direitos sociais, setor público, para o emprego e para os salários.

«Apetece-me dizer que o que o PS e o PSD propõem é apenas a escolha da árvore em que o país pode ser enforcado. Nós não aceitamos nem FMI nem essa ajuda entre aspas que procura por em causa a nossa soberania», afirmou.

Para preparar as eleições legislativas de 5 de Junho, o Comité Central do PCP marcou para o dia 17 de Abril um Encontro Nacional e vai lançar uma ação nacional que visa atingir o milhão de contactos de rua com trabalhadores.

Lusa / SOL
 
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