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CGTP: Portugal está na UE como 'estavam as criadas de servir na casa dos patrões'

florindo

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Out 11, 2006
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O secretário-geral da CGTP defendeu hoje que é necessário traçar os objectivos para o país antes de se avançar para um entendimento alargado e considerou que Portugal se porta na Europa como as antigas criadas de servir.

«O que sinto é que Portugal está na União Europeia (UE)estavam as antigas criadas de servir na casa dos patrões. Até fazemos parte do núcleo mas habitamos sempre num anexo cada vez mais degradado. Portugal tem de agir e não adaptar-se», disse Carvalho da Silva, na conferência Novas Vestes da União Europeia, organizada pelo Instituto de Direito Económico, Financeiro e Fiscal (IDEFF), no auditório da Faculdade de Direito de Lisboa.

Para o líder sindical, a Europa não tem sabido lidar com esta crise, não fazendo mais do que «declarações de intenções», além de que são cada vez mais os povos que têm a percepção de que as soluções encontradas só têm em vista ajudar o sistema financeiro.

«Emerge nas populações a sensação de que o apoio financeiro e monetário se destina a resolver os problemas dos bancos», acrescentou.

Aliás, para Carvalho das Silva há uma preponderância do sistema financeiro: «A senhora Merkel interpreta politicamente as posições de quem manda e quem manda é o poder financeiro e económico», afirmou.

A posição da chanceler alemã também foi criticada nesta conferência por Paz Ferreira, presidente do IDEFF.

«Assistimos perplexos a uma situação em que a chanceler Merkel visita as províncias do império ou chama a capital os indígenas menos relevantes, distribui certificados de comportamento, questiona os decisores nacionais e até interpela as oposições», disse, na mesma conferência.

Sobre o entendimento alargado que se fala para Portugal, Carvalho da Silva considera que antes de esse consenso acontecer devem ser trabalhados os objectivos que se pretendem alcançar.

«Precisamos de um entendimento amplo na sociedade, mas antes há que definir para quê e com que responsabilidade. Precisamos de saber se é para responder aos problemas das pessoas ou para continuar a cavar as políticas que têm levado a esta desigualdade», disse Carvalho da Silva.

O líder sindical defendeu ainda uma governação que dê prioridade aos «bens transacionáveis» e à indústria, agricultura e pescas: «Este sectores tinham, em 1995, um peso de 25% na economia, hoje é de 18%. Cometeram-se crimes na reestruturação da economia e tudo isto tem de ser pensado», afirmou.

Carvalho da Silva pediu ainda que seja dada «centralidade ao emprego» e que o trabalho seja «valorizado», através de uma «governação que coloque as pessoas em primeiro lugar e não os interesses dos accionistas».

Para o líder sindical, o crescimento económico deve ser feito a par como uma «melhor distribuição da riqueza».

Lusa/SOL
 
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