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A bolsa nacional fechou em baixa, arrastada também pelo pessimismo global em torno da subida dos preços do petróleo. O PSI-20 quebrou a fasquia dos 7.900 pontos.
Os títulos que mais penalizaram a praça lisboeta nesta quinta sessão consecutiva de quedas foram a Jerónimo Martins e o BES, num dia em que os juros da dívida soberana estão em alta.
As restantes bolsas do Velho Continente também encerraram no vermelho, pressionadas pela retoma das cotações do crude. Os mercados accionistas estavam todos no verde, mas o renovar de tensões na Líbia e a perspectiva de um “Dia de Raiva” na Arábia Saudita levaram à inversão de tendência, tendo as principais praças europeias terminado em baixa – numa altura em que também as bolsas do outro lado do Atlântico estão a negociar em queda.
Por cá, o PSI-20 terminou a ceder 0,07%, para 7.897,23 pontos, com 10 cotadas em alta, nove em baixa e uma inalterada, numa sessão em que mudaram de mãos 38,2 milhões de acções.
Desde 23 de Fevereiro que o PSI-20 não se fixava abaixo dos 7.900 pontos.
O título que mais penalizou o índice de referência nacional foi a Jerónimo Martins. A dona do Pingo Doce caiu 1,23% para 11,26 euros.
Também o BES contribuiu para o mau desempenho da praça portuguesa, ao ceder 0,84% para 3,199 euros. O BPI acompanhou a tendência, a perder 0,50% para 1,393 euros, ao passo que o BCP conseguiu recuperar 0,80% para 0,629 euros.
O banco liderado por Carlos Santos Ferreira está assim a corrigir das quedas da semana passada.
O sector financeiro esteve a ser pressionado sobretudo pela subida dos juros da dívida portuguesa. Hoje, os juros da dívida a 5 anos estão em máximos desde que há Euro e superam mesmo a maturidade a 10 anos. Ambos os prazos negoceiam acima de 7,5%.
A Cimpor também negociou no vermelho, a recuar 1,26% para 4,925 euros, tendo sido o título que mais caiu na sessão de hoje.
Outra cotada que penalizou o PSI-20 foi a Brisa. A concessionária de auto-estradas registou um decréscimo de 0,45% para 5,14 euros.
Do lado dos ganhos, destaque para a Semapa, que foi a cotada que mais valorizou. A empresa de pasta e papel avançou 1,18% para 8,985 euros.
Entre os títulos que mais contribuíram para travar as perdas da bolsa nacional esteve a EDP Renováveis. A empresa liderada por Ana Maria Fernandes subiu 1,12% para 4,343 euros. A casa-mãe EDP fechou inalterada face a sexta-feira, nos 2,751 euros.
Ainda no mesmo sector, a REN ganhou 0,80% para 2,528 euros, ao passo que a Galp Energia cedeu terreno. Apesar da subida dos preços do crude e da revisão em alta da sua recomendação por parte de dois bancos de investimento, a petrolífera acabou por resvalar 0,07% para 15,21 euros.
Hoje, o banco holandês ING avaliou a Galp em 17 euros por acção, contra 14,8 euros, e o Sanford Bernstein aumentou o preço-alvo da petrolífera de 15,10 para 16,90 euros.
Nas telecomunicações, a tendência foi mista. A Portugal Telecom registou uma apreciação de 0,26% para 8,221 euros e a Sonaecom avançou 0,20% para 1,49 euros. Em contrapartida, a Zon Multimédia fechou a recuar 0,40% para 3,773 euros.
Jornal de Negócios