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PS: Almeida Santos diz que oposição bloqueará o país se colocar acima de tudo o ódio

florindo

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Out 11, 2006
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O presidente do PS adverte a oposição que bloqueará o país se rejeitar entender-se com o primeiro-ministro demissionário após as eleições, dizendo que isso significará colocar o ódio a José Sócrates acima do interesse nacional.

Em entrevista à agência Lusa, Almeida Santos rejeita que o congresso do PS, entre sexta-feira e domingo, em Matosinhos, seja uma espécie de comício de campanha eleitoral, acreditando, pelo contrário, que haverá debate interno.

«Estamos na perspectiva de disputar de novo o poder - e isso vai agitar as discussões. Nunca houve tantos candidatos a secretário-geral do PS como desta vez: foram quatro e normalmente era um só», argumentou, antes de frisar que o congresso foi marcado antes de se saber que ia haver eleições legislativas antecipadas.

«Adiar [o congresso] para Junho ou Julho não era solução, porque nessa altura o PS terá outros problemas para se preocupar. É melhor arrumarmos isto já», advogou.

Confrontado com sondagens que apontam para a derrota do PS nas próximas eleições, Almeida Santos disse não ser «daqueles que julgam que os dados estão lançados, porque está tudo em aberto».

Já sobre as condições políticas para que José Sócrates forme de novo um Governo minoritário, ou um Governo de coligação com outros partidos, o presidente do PS lamentou que as forças da oposição estejam a afirmar que, para coligações com o PS, exigem a saída de Sócrates.

«Eles não têm o direito de escolher quem é que lidera o PS. Se não quiserem fazer coligações com o PS por ser liderado por José Sócrates, quem bloqueará o país será a oposição. Quem bloquear assumirá as responsabilidades», advertiu.

A seguir, o presidente do PS colocou dois possíveis cenários sobre o que acontecerá a seguir às eleições: «Se ganharmos as eleições, compete-nos a nós convidar os outros partidos para se fazer um Governo de maioria. Isto, se não ganharmos com maioria, como provavelmente não ganharemos».

«Se forem os outros a ganhar, a eles compete dirigirem-se a nós. Começaram por antecipação a afirmar que nunca fariam uma coligação com o PS dirigido por José Sócrates, mas quem manda na nossa direcção somos nós e não os outros. Mal iriam eles se pusessem em segundo lugar o interesse nacional e em primeiro lugar o ódio que possam ter a José Sócrates», respondeu.

Interrogado se José Sócrates deve abandonar o lugar de secretário-geral do PS se perder as eleições legislativas, Almeida Santos não considerou essa possibilidade.

«José Sócrates será secretário-geral antes das eleições, porque vai ser confirmado no congresso deste fim-de-semana. Portanto, quando as eleições ocorrerem, ele já é secretário-geral do PS [com mandato de dois anos]», disse.

Neste entrevista, Almeida Santos defendeu também que o PS está unido e que isso foi conseguido com a escolha de Manuel Alegre para candidato presidencial.

«A unidade do PS é fundamental. Felizmente, desta vez, escolhendo Manuel Alegre como candidato presidencial, salvámos a unidade do partido», declarou, antes de se referir a outros potenciais candidatos à liderança do PS, casos de António Costa, Francisco Assis e António José Seguro.

«Em outro congresso, todos eles podem candidatar-se [à liderança do PS], mas agora não quiseram e até podiam tê-lo feito. São três excelentes socialistas, inteligentes, qualquer deles (talvez uns mais do que outros) têm condições para chegar ao lugar de secretário-geral. Nunca tivemos vazio de candidatos e houve sempre candidatos potenciais. Nem sempre fomos ricos em votos, mas em candidatos fomos sempre ricos», acrescentou.

Lusa/SOL
 
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