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Quatro em cada dez idosas foi vítima de abusos

florindo

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Quatro em cada dez mulheres com mais de 60 anos referem ter sido vítima de abusos no último ano, revela um estudo da Escola de Psicologia da Universidade do Minho que a investigadora Ana João Santos apresenta sábado no Porto.

Ana João Santos irá abordar o tema «Maus Tratos e Negligência» nas Jornadas sobre a «Idade Maior» que se realiza sábado no Auditório da Junta de Freguesia de Paranhos, no Porto.

A investigação enquadra-se no projecto europeu AVOW - Violence and Abuse Against Older Women e em Portugal foi desenvolvido pelo professor José Ferreira-Alves e pela investigadora Ana João Santos.

O objectivo era obter informação mais precisa da dimensão e tipologia do abuso e negligência relatado pelas próprias mulheres idosas à escala nacional.

Ana João Santos explicou que o estudo revela que o parceiro ou marido foi o perpetrador mais referido nos abusos emocional, financeiro, sexual e de violação de direitos pessoais, enquanto que a filha foi o principal perpetrador na negligência e abuso físico.

O inquérito, que compreendeu uma amostra de 649 mulheres com 60 anos ou mais, realizado entre Maio e Junho de 2010, mostra que este tipo de relatos chega muito raramente às autoridades policiais e só um terço das mulheres maltratadas contou o que viveu a alguém.

Mais de metade das situações relatadas correspondem à incidência de um único tipo de abuso. O mais prevalente foi o emocional ou psicológico (32,9 por cento), seguido do abuso financeiro (16,5 por cento), da violação de direitos pessoais (12,8 por cento), da negligência (9,9 por cento), do abuso sexual (3,6 por cento) e do abuso físico (2,8 por cento).

Aos investigadores, as mulheres reportaram consequências emocionais e psicológicas decorrentes da sua experiência, destacando a tensão, sentimentos de impotência, depressão e dificuldades em dormir ou pesadelos. E, segundo o estudo, quanto mais severos foram os maus-tratos mais negativamente foi percecionada a qualidade de vida.

Nas jornadas, organizadas pela «Mil razões.», serão ainda abordados temas relacionados com a «Pobreza e exclusão no idoso», «Os cuidados familiares a pessoas idosas dependentes», «Saúde sexual - os velhos continuam a amar?», «Memória e envelhecimento» e «No tempo de morrer - como ajudar», entre outros.

O objectivo deste encontro, segundo Ana Santos, da «Mil razões.», é contribuir para a melhoria das condições de vida das pessoas idosas.

A «Mil Razões.» pretende levar os temas da saúde mental ao debate de toda a população, técnicos e não técnicos com o objectivo de informar, generalizar conhecimentos e conseguir o compromisso de todos na compreensão e na acção interventiva na doença mental, a qual afecta cerca de 12 por cento da população mundial.

Lusa/SOL
 
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