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Começou no Benfica, passou pelo Salgueiros, conquistou títulos no FC Porto (incluindo uma Taça UEFA), jogou no V. Setúbal, nos ingleses do Derby County, no SC Braga e no Belenenses, antes de se transferir, no início desta época, para os romenos do Rapid Bucareste.
Faz 30 anos no próximo dia 30 e ainda é um dos mais internacionais de sempre das selecções jovens: só pelos sub-21 soma 25 internacionalizações. Cândido Costa atravessa uma nova fase da carreira, e vida, e olha para ela com a mesma determinação que tinha aos 18 anos.
«Tenho gostado muito desta experiência. Aqui é tudo diferente, mas tenho jogado. Não sou titular indiscutível, mas joguei nos últimos cinco jogos, estamos no quarto lugar e lutamos para chegar à Liga Europa. Estou a lateral, mas já joguei a médio. Tem sido uma experiência muito enriquecedora», conta Cândido Costa a A BOLA, admitindo, porém, que continua a ser «muito crítico» com ele próprio.
Quer voltar a Portugal, «talvez até já na próxima época», mas por enquanto mantém todos os cenários em aberto. Termina contrato no final da temporada, mas tem mais uma de opção, que pode ser accionada, ou não, pelas duas partes.
«O que me custa mais é estar longe da família e amigos, isso é o mais complicado de gerir, apesar de ter aqui a jogar o Rui Duarte [ex-Boavista] e alguns brasileiros que passaram por Portugal [Spadacio, Olberdam, Ezequias, Cássio, por exemplo]».
FC PORTO MERECEU
Olhando para trás, não lamenta, mas admite que podia estar hoje noutros palcos: «Não culpo ninguém, não sou uma pessoa desse género. Mas sim, é verdade... Talvez não tenha agarrado como devia algumas oportunidades. Não fiz a carreira que poderia ter feito e por isso fica um sabor amargo... Acho que tinha condições para ter ido mais longe... Mas também nunca caí, mantive-me sempre na luta e mereço o respeito do futebol.»
Como seria de esperar, pois passou pelos dois clubes em questão, Cândido seguiu o clássico entre Benfica e FC Porto: «Sim, é daqueles jogos que nos agarram. É justo. O FC Porto mostrou grande poderio e a prova é que a cinco jornadas do fim ganhou a Liga. É hora de aplaudir os campeões e honrar os vencidos.»
A Bola