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A procura de activos seguros como protecção contra a inflação está a motivar a subida do preço do metal amarelo. A prata acompanha o movimento.
O ouro está a registar valores históricos pelo quarto dia consecutivo, impulsionado pela crescente procura, por parte dos investidores, de activos seguros como protecção contra a inflação e contra o actual clima de incerteza na Europa e no Japão. A prata supera os 40 dólares por onça, registando um máximo de 31 anos.
O máximo histórico do metal prateado são 50,35 dólares por onça, o que significa que a prata caminha no sentido de renovar o valor mais alto de sempre, atingido em 1980.
No mercado londrino, onde o ouro é negociado para entrega imediata (mercado spot), o metal segue a fixar um recorde de 1.473,65 dólares por onça. Já a entrega do ouro agendada para Junho, em Nova Iorque, está a negociar nos 1.474,50 dólares por onça, de acordo com a Bloomberg.
Os futuros da prata para entrega em Maio avançaram 1,7% para 40,22 dólares a onça.
Os avanços do ouro e da prata são justificados pela subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu, pela primeira vez em quase três anos, com o objectivo de travar as pressões inflacionistas. Existem ainda expectativas de mais subidas dos juros até ao Verão.
Os metais preciosos estão também a ser impulsionados pelos conflitos na Líbia, pela crise nuclear do Japão e pelas preocupações sobre a dívida europeia.
Em conjunturas políticas e económicas de incerteza, aumenta normalmente a procura de activos seguros, como são considerados o ouro e a prata.
O BCE subiu ontem em 0,25 pontos percentuais a taxa de juro de referência, de 1% para 1,25%. A China esta semana subiu as taxas de juro pela quarta vez desde Outubro de modo a combater o aumento do índice de preços no consumidor. Nos Estados Unidos, o Presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, avisou que a inflação “deveria ser observada de perto.”
Jornal de Negócios