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Pelo menos 85 crianças ficaram órfãs depois do sismo e tsunami que devastaram o nordeste do Japão a 11 de Março. Um número que pode ainda aumentar, de acordo com dados oficiais revelados este sábado.
Um estudo preliminar do governo japonês, citado pela agência de notícias Jiji, sublinha que este número ultrapassa já o registado depois do sismo de Kobe em 1995, de 68 órfãos.
O sismo de 1995 provocou cerca de 6400 mortos e o número provisório de mortes contabilizadas após terramoto de 11 de Março ultrapassa as 12 mil e cerca de 15 mil desaparecidos.
Ainda este sábado, especialistas norte-americanos alertaram para a massa gigante de detritos lançados para o mar pelo tsunami de 11 de Março que chegará ao Havai daqui a um ano.
Os restos de casas, pneus, árvores e químicos empurrados para o mar depois do terramoto, irão demorar três anos a cruzar o Oceano Pacifico, de acordo com um modelo de simulação desenvolvido por um grupo de investigadores da Universidade do Havai, atingindo a Costa Oeste dos Estados Unidos da América (EUA) em 2014.
A maioria dos objectos que flutuam agora na costa japonesa, como carros e casas, deverão desintegrar-se progressivamente em pedaços cada vez mais pequenos.
No entanto, os investigadores prevêem que alguns objectos mais resistentes, como barcos, poderão chegar intactos à costa dos EUA.
De acordo com a simulação, a primeira vaga de detritos chegará às costas do noroeste do arquipélago do Havai no próximo ano, e às ilhas restantes em 2013.
Um ano depois, 2014, os detritos deverão atingir a costa que vai desde as praias de Vancouver, no Canadá, até à ponta de Baja Califórnia, no México, passando pelos estados norte-americanos de Washington, da Califórnia e do Oregão.
A enorme quantidade de entulho acumulada nas costas este do Japão dificultou bastante as operações de resgate após o terramoto e tsunami de 11 de Março.
Jornal de Notícias