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Polícia acusado de homicídio de MC Snake ouve alegações finais

florindo

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O julgamento do agente da PSP acusado do homicídio qualificado do cantor de rap MC Snake entra hoje em alegações finais, depois de três sessões em que a falta de treino com armas do polícia esteve em destaque.

Nuno Moreira, agente da PSP desde 2006, alvejou mortalmente em Março de 2010 Nuno Manaças Rodrigues, conhecido como MC Snake, quando este se preparava para fugir pela segunda vez aos agentes que o mandaram parar de madrugada numa operação stop na doca de Santo Amaro, em Alcântara.

Após uma perseguição a alta velocidade até à Radial de Benfica, uma carrinha com cinco agentes, entre os quais Nuno Moreira, conseguiu ultrapassar o carro de Nuno Rodrigues e obrigá-lo a parar.

O agente Nuno Moreira saiu da carrinha, terá disparado uma vez para o ar e quando Nuno Rodrigues encetou nova fuga, fazendo inversão de marcha e dirigindo-se para uma das entradas da Radial, disparou duas vezes a sua Walther de 9 milímetros na direcção do carro, afirmando ter pretendido atingir os pneus.

No entanto, uma bala que penetrou acima de um farol traseiro acabou por atingir Nuno Rodrigues, que viria a morrer alguns metros à frente, depois de entrar em contramão no acesso à Radial.

Nuno Moreira negou no julgamento intenção de matar e afirmou só ter disparado para impedir que Nuno Rodrigues pusesse a vida de outros condutores em risco.

O agente admitiu em tribunal que nunca teve uma sessão de treino de tiro com a arma, uma insuficiência frisada várias vezes pelo colectivo e por várias testemunhas, entre agentes da PSP que estavam com Nuno Moreira na noite dos acontecimentos, peritos da Polícia Judiciária e o comandante da Unidade Especial de Polícia da PSP, Magina da Silva.

Magina da Silva admitiu insuficiências no treino com arma de fogo dos agentes da PSP, nomeadamente no que toca a disparar em movimento, como fez Nuno Moreira, mas recusou associá-las à morte de MC Snake.

A família do músico, que assistiu a todas as sessões, defendeu várias vezes em declarações aos jornalistas que Nuno Moreira devia antes de mais ter pedido desculpa à família, argumentando que se o agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) não tinha treino suficiente com armas de fogo não devia ter empunhado a pistola e disparado.

Na acusação, o Ministério Público afirma que não se verificaram os requisitos que justificassem o recurso à arma de fogo.

As alegações finais decorrem a partir das 14h na 4.ª Vara Criminal, no Campus da Justiça, em Lisboa.

Lusa/SOL
 

florindo

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MP pede absolvição do agente que matou MC Snake



O Ministério Público pediu, nesta segunda-feira, a absolvição do agente da PSP que alvejou mortalmente o cantor MC Snake numa operação policial.

Nas alegações finais, que decorreram na 4.ª Vara Criminal do Campus da Justiça de Lisboa, a procuradora do Ministério Público (MP) afirmou que a conduta do agente Nuno Moreira, ao alvejar o carro em que seguia Nuno Manatas, conhecido como MC Snake, teve «resultado desastroso, mas não lhe pode ser imputado» o crime de homicídio qualificado de que vinha acusado.

Desta forma, o MP pediu a absolvição do arguido, não deixando de assinalar que a morte de Nuno Manatas foi uma consequência «dramática e dolorosa» da actuação do agente da PSP na madrugada de 15 de Março de 2010, «a única maneira de impedir a conduta perigosa» da vítima, que se preparava para se evadir pela segunda vez à ordem de paragem da PSP.

O advogado que representou a família de Nuno Manatas, Paulo Alves dos Santos, pediu a condenação de Nuno Moreira, alegando que «ao dar um tiro em movimento era impossível não prever que podia atingir o condutor ou terceiros».

O advogado pediu ao colectivo «um juízo de censura penal efectivo», frisando que «a lei não permite o uso de arma de fogo desta forma, tanto que mais nenhum agente [dos que com Nuno Moreira se encontravam na perseguição] a usou».

A leitura do acórdão deste julgamento ficou marcada para o dia 26 de Abril.

SOL
 
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