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O presidente da Comissão Europeia apelou hoje em Bruxelas para o «maior sentido de responsabilidade» de todos os decisores políticos portugueses para resolver uma situação «delicada e extremamente urgente», afastando qualquer hipótese de financiamento intercalar.
«Eu espero o maior sentido de responsabilidade da parte de todos os decisores políticos em Portugal porque a situação, repito, é delicada e extremamente urgente», disse José Manuel Durão Barroso numa conferência de imprensa em que aceitou responder a uma pergunta sobre o pedido de ajuda financeira feito por Lisboa.
O dirigente europeu sublinhou que «de acordo com as regras existentes não há qualquer hipótese de financiamento intercalar» e que, tratando-se de um programa de médio prazo, «com uma condicionalidade estrita», este «terá depois a possibilidade de várias tranches».
«Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para garantir a conclusão desse programa a tempo de proporcionar o pagamento da primeira tranche de modo a garantir as necessidades de financiamento a Portugal», declarou Durão Barroso.
Pouco antes tinha recordado que «ainda recentemente, o ministro das Finanças [Fernando Teixeira dos Santos] disse que Portugal não tinha condições para garantir o financiamento já no próximo mês de Junho».
Durão Barroso reconheceu que se trata de um calendário «extremamente difícil que ainda por cima coincide com o momento eleitoral».
«Mas não há possibilidade de qualquer financiamento fora das regras que foram unanimemente decididas, incluindo por Portugal», disse.
O presidente da Comissão Europeia manifestou ainda a sua «confiança» em Portugal e «no bom senso» dos portugueses para ultrapassar a situação actual.
Lusa/SOL