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Homicida de Fafe disse que disparos foram acidentais

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O homem de 25 anos acusado de ter atingido com três tiros dois jovens em Fafe, em Agosto do ano passado, provocando a morte de um deles, confirmou, esta quarta-feira, em tribunal a autoria dos disparos, mas garantiu terem sido acidentais.

José Alberto, o único arguido no processo, disse ao colectivo que disparou sobre os dois rapazes, um dos quais de nacionalidade francesa, chamado Richard Pfeffer, que ficou ferido, na madrugada do dia 2 de Agosto, na sequência de uma tentativa de assalto.

O arguido disse que tentou assaltar os dois jovens, de 16 e 18 anos, quando se cruzou com eles na zona do mercado da cidade.

Na tese do Ministério Público, as duas vítimas terão pedido um cigarro e haxixe a José Alberto, conhecido na cidade como "Tintim", que estava acompanhado de uma amiga chamada Ana Margarida.

O réu, que garantiu estar sob efeito de droga, álcool e medicamentos naquela noite, disse hoje que, após a abordagem dos dois jovens, decidiu assaltá-los, tendo então disparado para o ar dois tiros "para os assustar".

Depois de os encostar a um muro, apontando-lhes uma arma ilegal, exigiu-lhes todos os haveres. O jovem da nacionalidade francesa resistiu e deu um soco no rosto do arguido. Na reação, José Alberto disparou um tiro que atingiu Richard num braço, que se pôs em fuga, mas acabou por sobreviver.

Segundo o arguido, o disparo foi acidental e ocorreu quando estaria desequilibrado em resultado do soco que sofrera.

A testemunha Ana Margarida negou ter participado na tentativa de assalto, contrariando novamente a versão do réu.

Segundo explicou, tinha "ido dar uma volta" com o arguido, porque recebera um telefonema de uma amiga a dizer que vira José Alberto embriagado numa rua da cidade.

"Fomos dar uma volta para ele apanhar ar", garantiu.

O arguido contou hoje ao colectivo, presidido por Porfírio Vale, que, após o disparo sobre o jovem francês, o amigo, Michael, de nacionalidade portuguesa, natural de Fafe, o agrediu fisicamente.

Terá sido nesse momento que José Alberto disparou mais dois tiros que atingiram mortalmente a vítima na cabeça e no peito.

"Disparei para assustar o indivíduo que me estava a bater", contou.

O arguido disse que passou essa noite em sua casa com Margarida, mas esta negou.

A testemunha garantiu que ficara muito assustada após os primeiros disparos e que já não assistiu aos tiros que provocaram a morte do jovem.

Na manhã de terça-feira, dia 3, Margarida acabou por denunciar o amigo à GNR de Fafe, apesar de ter recebido mensagens de telemóvel com alegadas ameaças do arguido.

José Alberto, que já tinha estado preso por ter participado em assalto, responde neste processo por dois crimes de homicídio qualificado, um dos quais na forma tentada, um crime de posse de arma ilegal e um crime de roubo na forma tentada.

Ao julgamento assistiram dezenas de pessoas, a maioria familiares e amigos das vítimas.

A próxima sessão deste julgamento está marcada para dia 11 de Maio.

Jornal de Notícias
 
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