- Entrou
- Out 11, 2006
- Mensagens
- 38,987
- Gostos Recebidos
- 347
Mais de 20 pessoas protestaram em frente à sede da Tepco, empresa que gere a central nuclear de Fukushima, exigindo compensações pelos efeitos causadas pelas «gestão danosa» da central nuclear de Fukushima.
220 quilómetros foi a distância percorrida pelo grupo de pessoas até à sede da Tepco, em Tóquio, para exigirem compensações por terem sido evacuados devido à radiação emitida pela central nuclear de Fukushima.
O grupo representa apenas uma fatia parcial dos milhares que foram obrigados a abandonarem as suas casas, num raio de 20 quilómetros em redor de Fukushima, fruto das crescentes fugas de radiação que têm sido registadas.
A frustração do grupo de japoneses foi formalizada por via de uma carta entregue a quatro representantes da Tepco, segundo noticia o The Huffington Post.
«Não peço nada mais do que aquilo a que tenho direito», exaltou Ichijiro Ishikawa, dando voz a uma reclamação partilhada pelos restantes membros do grupo que se deslocou a Tóquio.
O grupo reivindicou contra o que consideram ser uma «gerência danosa» dos trabalhos na central nuclear de Fukushima, onde têm sido dirigidos esforços quase incessantes à refrigeração dos seus reactores.
Perante o descontentamento do grupo, os quatro representantes da empresa apresentaram um pedido de desculpa, aos qual se seguiu o pedido oficial de Masataka Shimizu, presidente da empresa.
«Presto as minhas desculpas pelas fugas de radiação», disse, aquando de uma conferência de imprensa, reforçando: «Peço desculpa do fundo do meu coração».
Masataka Shimizu assegurou ainda que todas as cidades afectadas pelas medidas de segurança inerentes à situação da central de Fukushima vão ser indemnizadas em cerca de 165 mil euros.
O pedido oficial de desculpas surge numa altura em que o número de pessoas evacuadas supera as 200 mil, a par da instável situação dos reactores nucleares de Fukushima, cuja situação já escalou ao nível 7 no rating de perigo radioactivo (nível apenas atingido por Chernobyl, em 1986).
No mesmo dia o governo japonês anunciou, pela primeira vez em seis meses, que o crescimento económico do país vai ser afectado por quebras nos níveis de produção e consumo.
SOL