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Vasco Lourenço diz que declarações de Otelo são 'incompreensíveis'

florindo

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O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, considerou hoje «incompreensíveis» as recentes declarações de Otelo Saraiva de Carvalho e acusou o capitão de Abril de «confundir efectivamente» as motivações e os objectivos da revolução.

À margem da apresentação da 34.ª Corrida da Liberdade, na sede da associação, em Lisboa, Vasco Lourenço defendeu que «não se pode confundir o que se passou nos últimos 37 anos com o 25 de Abril em si» e que os objectivos da «liberdade, democracia e paz» foram alcançados.

«Olhando para trás, gostava que a situação [do país] fosse muito melhor do que é. Isso não significa que se conclua se soubesse o que sei hoje não teria feito o 25 de Abril. Afirmo, categoricamente, que ter-me-ia empenhado como me empenhei para fazermos um ato como o 25 de Abril», afirmou.

Otelo Saraiva de Carvalho afirmou quarta-feira que se soubesse como Portugal ia ficar não tinha realizado o 25 de Abril e que uma nova revolução só acontecerá quando os militares perderem direitos.

Classificando as declarações de Otelo como «incompreensíveis», o coronel Vasco Lourenço sublinha que já se desiludiu «tantas vezes» com Otelo Saraiva de Carvalho e acusa um dos capitães de Abril de «confundir o que foi efectivamente o 25 de Abril».

«Também está mais do que demonstrado que - e o Otelo tinha mais que a obrigação de já ter percebido isso - as motivações maiores, que já vinham de trás, eram motivações políticas, de desejo de uma sociedade livre, democrática e de uma sociedade que não oprimisse outros povos, impondo-lhes uma guerra», afirmou.

Para celebrar mais um aniversário da revolução dos cravos, a Associação 25 de Abril organiza a 34.ª Corrida da Liberdade, com partida na Pontinha, Largo do Carmo e Marquês de Pombal, com fim nos Restauradores, e participa num jantar convívio e no habitual desfile na Avenida da Liberdade.

Sobre a não realização da habitual sessão solene na Assembleia da República, Vasco Lourenço fez questão de frisar que a decisão foi tomada «por unanimidade» pela conferência de líderes e não pelo Governo, considerando, no entanto, que os argumentos dos partidos foram «falaciosos».

Questionado se a Associação tinha sido convidada para uma cerimónia a realizar no Palácio de Belém, Vasco Lourenço negou qualquer contacto até ao momento.

Lusa/SOL
 
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