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Um designer e um advogado, ambos ligados ao artista Ai Weiwei, foram detidos pelas autoridades chinesas. As detenções representam mais dois casos na lista de repressões que tem sido promovidas pelo regime comunista.
O advogado detido, Liu Xiaoyuan, tinha publicado na quinta-feira uma mensagem no seu blogue onde dizia que «estava a ser perseguido por pessoas identificadas», e o seu telemóvel está actualmente desligado, conta o The Guardian.
Liu Xiaoyuan tinha afirmado na semana passada que representaria Ai Weiwei em tribunal caso tal fosse necessário, tendo estado durante várias horas na esquadra da polícia de Pequim no dia em que Weiwei desapareceu (3 de Abril).
Contudo, as autoridades censuraram a sua conta de Twitter depois de ter escrito sobre o desaparecimento de outro advogado, o que levanta dúvidas acerca dos motivos que levaram à sua detenção.
O designer, igualmente detido, integrava os quadros da empresa que geria os assuntos profissionais de Ai Weiwei, sendo ainda desconhecidas as razões por trás do seu desaparecimento.
Os novos detidos surgem na sequência do artido publicado por um jornal de Hong-Kong - propriedade do Estado -, ter adiantado, na quinta-feira, que Ai Weiwei estava a confessar ter cometido crimes de evasão fiscal, bigamia e de divulgar conteúdos pornográficos na Internet.
A família do artista considerou as acusações de serem «absurdas», e Gao Ge, irmã de Ai Weiwei, vincou: «É claramente contra a lei detê-lo durante tanto tempo sem que nos seja dada qualquer informação».
«Ele [Ai Weiwei] falou pelas pessoas comuns e isso causou o descontentamento do Governo», avançou, prosseguindo, ao dizer que «agora, o governo quer castigá-lo».
Ai Weiwei está desaparecido desde 3 de Abril, dia em que foi detido no Aeroporto Internacional de Pequim.
SOL