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Desmantelada organização transnacional que praticava burlas, roubos e raptos

florindo

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Out 11, 2006
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A PJ deteve na quinta-feira dois elementos de uma célula de uma organização criminosa, sediada na região dos Balcãs e com ramificações no espaço europeu, que se dedica à prática de burlas qualificadas, roubo, raptos e branqueamento de capitais.

Os dois elementos detidos estavam já referenciados pelas autoridades policiais de diferentes países, encontravam-se proibidos de entrar ou circular pelo Espaço Shengen, sendo ainda objecto de mandados de detenção internacional, possuindo, contabilizadas até ao momento, cinco identidades falsas.

Além das detenções, na acção desencadeada pela Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ), procedeu-se a buscas domiciliárias, bem como à apreensão de cerca de 16 mil euros em notas de elevado valor nominal, relógios de luxo e telemóveis, bem como diversos cartões de crédito e diversos outros objectos destinados a impressionar potenciais vítimas.

Os detidos vão ser levados a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Segundo anunciou hoje a PJ, em regra todo o processo iniciava-se com a conquista da confiança da vítima, através de encontros em restaurantes e hotéis de luxo, da utilização de roupas cuidadas e da ostentação de acessórios dispendiosos, bem como de viaturas de gama alta, seguindo-se um negócio de médio valor favorável para a vítima.

Depois - explica a PJ - é feita uma proposta de realização de um negócio avultado, sendo para tal alegadamente necessária e exigida pelos autores a troca de francos suíços ou de uma qualquer outra moeda para euros, supostamente para o financiamento de pequenas despesas resultantes da implementação do negócio.

Segundo a PJ, nos dias marcados para a concretização dos negócios, os criminosos ou entregam uma mala contendo papéis de jornais com algumas notas em ambas as pontas, vulgarmente conhecido por «paco», em troca das notas de euros, ou procedem ao roubo com violência destas notas, ou raptam as vítimas para extorquir a informação quanto ao local onde se encontram as quantias que pretendem fazer suas.

Toda esta actividade conclui-se com a rápida entrega dos montantes ilicitamente obtidos aos restantes elementos da organização criminosa a que pertencem, para efeitos de transferência para o território de onde são originários e posterior conversão em património imobiliário, dissimulando dessa forma a sua origem ilícita, descreve a PJ.

A organização em causa, com composição alargada e que actua sobre todo o espaço europeu, contava com uma célula de dois elementos, com contactos ao nível de toda a Europa, especialmente dedicados a estas práticas na Península Ibérica, onde atuavam sobre vítimas de nacionalidade portuguesa, espanhola e outras, detentoras de elevada capacidade financeira e habitualmente ligadas ao negócio da venda de imobiliário.

A estes últimos, propunham a compra de imóveis de elevado valor, solicitando antecipadamente os referidos montantes para custear despesas, chegando a combinar para o mesmo dia encontros com três vítimas diferentes e a acordar negócios no valor de quarenta milhões de euros.

A investigação da UNCT da PJ resultou de uma troca de informação no âmbito da cooperação policial internacional.

Lusa/SOL
 
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